Os investimentos internacionais se tornaram uma realidade palpável para os brasileiros nos últimos anos. Até 2018, para muitas pessoas, investir no exterior beirava a ilegalidade, com a percepção de lavagem de dinheiro.
No entanto, atualmente, os brasileiros entenderam que investir nos Estados Unidos é uma forma de proteção patrimonial, que defende o dinheiro da volatilidade da economia local e ainda está lastreada no principal sistema financeiro do mundo.
Essa foi a mensagem principal apresentada no Avenue Connection, um evento realizado na última quarta-feira (26), que contou com a participação do portal EuQueroInvestir.
A corretora de investimentos nos EUA está passando por um rebranding, com a construção de uma nova identidade visual e storytelling, cujo objetivo é posicionar adequadamente a marca frente ao público que deseja preservar seu patrimônio e prosperar.
Confira os principais insights do Avenue Connection.
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Avenue Connection: da necessidade de se investir fora até a popularização
O CEO da Avenue, Roberto Lee, foi responsável por apresentar a nova proposta da corretora, que será revelada mais adiante.
Lee lembra que, em 2018, a Avenue foi pensada para que os brasileiros pudessem investir no exterior de forma rápida, fácil e sem burocracia.
“As corretoras brasileiras sempre tiveram ofertas para investimentos no exterior, mas eram voltadas para clientes private. Anteriormente, era inviável pensar em investimento nos EUA para clientes de varejo por causa dos preços, além de haver duas regulações e dois ambientes bem distintos”, revelou Lee.
O CEO da Avenue relembrou que o cenário dos investimentos nos EUA para brasileiros era muito traumático. “Uma conta levava até 18 dias úteis para ser aberta, o câmbio demorava dois ou três dias úteis e as taxas eram muito elevadas. Havia muita interferência interna. Hoje, a eficiência é notável: a abertura de conta é rápida, o câmbio é realizado em segundos e qualquer investidor tem acesso a investimentos internacionais”, destacou.
Além da burocracia e dos preços, Lee cita que o principal entrave para se investir nos EUA era a falta de conhecimento do público brasileiro. “No início, refletíamos se havia demanda para os brasileiros investirem no exterior, pois, no imaginário popular, ter dinheiro ‘lá fora’ beirava a ilegalidade”, afirmou o executivo.
Em 2020, a B3 ($B3SA3) iniciou a negociação dos Brazilian Depositary Receipts (BDRs), que permitem a compra de ações de empresas estrangeiras aqui no Brasil. Lee revelou que essa opção até poderia ser um entrave para a Avenue, uma vez que não era mais preciso abrir uma conta em uma corretora para investir nessas empresas.
Contudo, Lee salienta que a vinda dos BDRs “trouxe luz” para os investimentos internacionais. Os investidores ficaram cada vez mais informados sobre as empresas americanas e começaram a investir diretamente no exterior, ao invés de investir nos BDRs.
“A chegada dos BDRs trouxe uma pergunta incômoda: a Avenue precisa existir? Os BDRs iluminaram os investimentos internacionais, levantando a questão sobre investir diretamente ou com intermediário. É necessário quebrar mitos sobre investimentos internacionais. A Avenue, sozinha, superou todos os investimentos em BDRs das corretoras”, destacou.
Com o sucesso dos investimentos nos EUA, além da Avenue, outros players de peso começaram a entrar neste mercado, como o BTG Pactual ($BPAC11) e o Bradesco ($BBDC4).
Neste momento, Lee entende que o desafio atual da Avenue é traçar estratégias para liderar com os gigantes. E, para isso, ele aponta que é necessário ser “relevantes para clientes mais sofisticados, mais exigentes e muito mais conservadores. Ajudar os clientes a preservar o seu capital, todo o resto vem depois.”
Além disso, o CEO da Avenue revelou que, nos próximos cinco anos, haverá o componente de offshore nativo no Brasil para os serviços de investimentos.
E quem desbravar este mar desconhecido terá vantagens no futuro, ainda mais com a perspectiva de que os investimentos no exterior podem movimentar R$ 1 trilhão neste período.
Quais são os planos da Avenue liderar o mercado?
Para liderar os gigantes, a Avenue fez o rebranding com o objetivo de focar em três aspectos: portfólio de investimentos, assessoria e solidez.
Em relação ao portfólio, Lee lembra que os primeiros clientes da Avenue queriam ter acesso às ações das gigantes de tecnologia, como Alphabet (GOOG; $GOGL34), Amazon (AMZN; $AMZO34), Apple (AAPL; $AAPL34), Meta (META; $M1TA34), Nvidia (NVDA; $NVDC34), Tesla (TSLA; $TSLA34), dentre outras.
Com o passar do tempo, o estudo do mercado norte-americano fez com que as pessoas buscassem outras opções, como os produtos de Renda Fixa, também conhecidos como Bonds.
“O acesso aos produtos de Renda Fixa no exterior se tornou mais acessível para os brasileiros. Anteriormente, para investir em Bonds era preciso ter um montante de US$ 200 mil. Mas agora há acesso aos bonds com ticket mínimo de US$ 1 mil”, destacou.
“Anteriormente, 99% dos clientes tinham menos de US$ 10 mil, com 100% dos investimentos em ações e ETFs, e sem assessoria, com um AuC médio de US$ 1,5 mil. Agora, 90% possuem mais de US$ 10 mil, mais de 80% estão alocados em fundos e Renda Fixa, com um AuC médio de US$ 60 mil, e 66% do patrimônio conta com assessoria individual. Isso representa toda a evolução dos últimos anos”, informou.
Assim, os brasileiros estão pensando agora em proteção patrimonial. Lee reforça que os investimentos no tesouro americano são os mais seguros do mundo e ainda protegem o brasileiro da volatilidade da economia local.
Além de um portfólio com investimentos interessantes, Lee exaltou as parcerias B2B com assessorias para aumentar o relacionamento com os clientes. Uma dessas parcerias é com a EQI Investimentos, um dos maiores escritórios de agentes autônomos de investimentos e que agora também é uma das principais corretoras de valores do Brasil.
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Por fim, a Avenue destacou a solidez de mercado com um dos seus investidores principais, o Itaú ($ITUB4).
Com a combinação destes três fatores, a Avenue quer ser fortalecer ainda no mercado de corretoras internacionais.
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