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Instituições financeiras elevam projeções do PIB de 2022

Instituições financeiras elevam projeções do PIB de 2022

Depois de um primeiro semestre pessimista em relação ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), as principais instituições financeiras elevaram as projeções sobre o PIB de 2022. O portal EuQueroInvestir fez levantamento sobre a avaliação de dois indicadores macroeconômicos (PIB e IPCA) para avaliar as perspectivas para 2022 e 2023.

Em meados de setembro, a EQI Asset revisou para cima a projeção do PIB de 2022, de 2,2% estimados anteriormente, para 2,5%.

A gente previa queda de 0,10% no terceiro trimestre deste ano, agora estamos vendo uma alta de 0,2%. Como o primeiro e o segundo trimestres foram muito bons, mesmo que você tenha uma desaceleração no quarto trimestre, você contrata uma projeção melhor para o ano, de 2,2% para 2,5% ao ano”, explica Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset.

Em termos de composição, ele avalia, o setor de serviços continua vindo bem, enquanto as vendas no varejo dão sinais mais fracos.

O consumo de bens tem vindo cada vez mais fraco, mas o setor de serviços continua vindo bem, muito ainda por conta da reabertura da economia pós-pandemia. Ambos os setores devem perder força até o final do ano, devido ao cenário global de desaceleração. Mas varejo em agosto ainda pode ter recuperação, muito por conta do aumento do Auxílio Brasil, de R$ 400 para R$ 600”, Kautz complementa.

O BTG Pactual (BPAC11) também elevou as suas projeções para o PIB em 2022, de 2,1% para 3,0%. Segundo o banco de investimentos, o resultado foi revisado por conta da forte recuperação do mercado de trabalho e dos estímulos fiscais em curso.

Estimativas do PIB e IPCA do BTG Pactual
Fonte: BTG Pactual

Apesar disso, o BTG alerta sobre o aumento das incertezas devido a falta de clareza do novo arcabouço fiscal a ser seguido pelo vencedor das eleições presidenciais, além da desaceleração da economia global. 

Ademais, a perspectiva de forte expansão do consumo das famílias nos próximos trimestres pode trazer pressões adicionais sobre a inflação no próximo ano, reduzindo o potencial de crescimento da economia”, diz o relatório do BTG Pactual. 

Banco do Brasil e Itaú elevam perspectivas de crescimento do PIB em 2022

A revisão da projeção do PIB do Banco do Brasil (BBAS3) foi mais tímida, embora seja uma das maiores do mercado financeiro. De acordo com o banco estatal, o PIB deve crescer 3% em 2022, ante o 2,9% do último dado. 

As informações já divulgadas, incluindo dados proprietários do banco, pesquisas do IBGE e os indicadores de confiança e antecedentes, sugerem um terceiro trimestre melhor do que projetávamos inicialmente, reflexo da resiliência do setor de serviços, melhora do mercado de trabalho e das medidas de estímulo ao consumo”, cita o relatório do BB.

A Itaú Asset Management ajustou suas projeções do PIB em 2022 de 2,3% para 2,5%. “Os dados mais fortes do que o esperado para o primeiro semestre do ano e início do terceiro trimestre levaram a revisões positivas para o PIB de 2022, que vem sendo suportado por estímulos”, comenta a equipe da asset do Itaú.

Estimativas do Boletim Focus e do Ministério da Economia

Os números das instituições financeiras apresentadas acima estão em consonância com os dados divulgados pelo Boletim Focus, do Banco Central (BC ou Bacen), e do Ministério da Economia. 

No Focus desta semana, a projeção do PIB variou, em um mês, de 2,39% para 2,70%. O otimismo está próximo das estimativas para o ano de 2023, que avançou, em um mês, de 0,50% para 0,54%.

Gráfico da estimativa do crescimento do PIB do Boletim Focus
Fonte: Banco Central

Em meados de setembro, o Ministério da Economia, sob o comando do ministro Paulo Guedes, aumentou a expectativa de crescimento do PIB de 2% para 2,7%.

A revisão de alta para a atividade econômica se deve principalmente ao resultado do PIB do segundo trimestre deste ano, que apresentou crescimento de 1,2% na margem e foi superior ao estimado anteriormente, além da tendência positiva dos indicadores já divulgados para o terceiro trimestre”, cita a pasta em nota. 

O Ministério da Economia entende que o crescimento do PIB é reflexo dos seguintes movimentos:

  • melhora do mercado de trabalho, com a criação de novos empregos;
  • desempenho do setor de serviços, que manteve a tendência de crescimento verificada a partir do arrefecimento da pandemia;
  • elevação da taxa de investimento, que subiu para 18,7% do PIB no segundo trimestre.

FMI prevê crescimento brasileiro abaixo da média mundial e Guedes rebate

Apesar do otimismo das instituições financeiras brasileiras, o relatório de perspectiva global do FMI, divulgado hoje, cita que o Brasil deve crescer abaixo da média global, da América Latina e de países de desenvolvimento. O Fundo estima que o país deve crescer 2,8% em 2022, enquanto que o mundo deve ter um crescimento médio de 3,2%. 

Os números do FMI estão em consonância com as previsões das instituições brasileiras. 

A média de crescimento da América Latina é de 3,5%, com aumentos maiores em países como Argentina (4%), Colômbia (7,6%), Bolívia (3,8%) e Uruguai (5,3%).

Já os países emergentes devem ter um crescimento médio acima do brasileiro, com 3,7%. A Índia deve registrar expansão de 6,8% no PIB, enquanto a China deve ver seu PIB crescer 3,2%. 

Para o ano que vem, o FMI indica que o Brasil deve crescer, novamente, abaixo da média mundial. A estimativa do Fundo é um crescimento de 1%, enquanto que o mundo deve subir 2,7%.

Em resposta aos dados divulgados pelo FMI, Paulo Guedes criticou a entidade após uma agenda com ministros de Finanças do G-20, em Washington. O ministro da Economia aponta que houve mudanças no modelo econômico e que as projeções sobre os dados brasileiros estão falhando nos últimos meses.

Além disso, Guedes afirmou que a apresentação do FMI fez apenas uma narrativa política ao invés de focar nos fatos. 

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