Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Notícias
Inflação: IGP-DI sobe a 2,37% em março e já acumula 6% no ano

Inflação: IGP-DI sobe a 2,37% em março e já acumula 6% no ano

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), um dos índices que mede o impacto da inflação no Brasil, subiu 2,37% em março, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando a variação tinha sido de 1,50%. É ainda a maior flutuação encontrada no índice desde maio de 2021, quando chegou a 3,40%.

Com este resultado, o índice acumula alta de 6,00% no ano e 15,57% em 12 meses. Em março de 2021, o índice havia subido 2,17% e acumulava elevação de 30,63% em 12 meses. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre).

O que é o IGP-DI

O IGP é a média aritmética ponderada de três índices de preços: IPA, IPC e INCC, e revela as fontes de pressão da inflação e a evolução dos preços de produtos e serviços mais relevantes para produtor, consumidor e construção civil.

Os pesos de cada um dos índices componentes correspondem a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais 60% se referem ao Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA); 30% vem do Índice de Preços ao Consumidor (IPC); e 10% se referem ao Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

Os preços são medidos em sete capitais: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Referem-se a despesas com Alimentação, Habitação, Vestuário, Saúde e Cuidados Pessoais, Educação, Leitura e Recreação, Transportes, Despesas Diversas e Comunicação, sob o ponto de vista do produtor e do consumidor, além de Materiais e equipamentos, serviços e mão-de-obra. O IGP-DI é calculado entre o primeiro e último dia do mês.

Publicidade
Publicidade

Derivados de petróleo puxam alta

“O IPA, índice de maior expressão na composição do resultado do IGP, recebeu nesta apuração forte influência dos derivados do petróleo, cujos destaques foram Diesel (2,70% para 16,86%), gasolina (1,71% para 12,69%) e adubos ou fertilizantes (-5,21% para 7,97%)”, explicou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre.

Juntos, os combustíveis e derivados responderam por 30% do resultado do IPA, que subiu 2,80% em marçoo, contra 1,94% em fevereiro.

Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 1,73% em fevereiro para 3,64% em março. O principal responsável por este avanço foram os alimentos processados, cuja taxa passou de 0,61% para 4,03%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 2,14% em março, contra 0,91% em fevereiro.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,31% em fevereiro para 3,19% em março. O principal responsável por este avanço foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 6,57% para 12,90%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 1,45% em março, após variar 0,42% no mês anterior.

Matérias-Primas Brutas em menor aceleração

O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 1,73% em março, ante 2,76% em fevereiro. Contribuíram para este movimento de desaceleração da inflação no grupo os seguintes itens:

  • soja em grão (10,16% para 3,48%),
  • café em grão (0,89% para -10,76%)
  • milho em grão (4,92% para 1,49%)

Em sentido oposto, vale citar a aceleração dos itens:

  • minério de ferro (-0,10% para 2,82%)
  • mandioca/aipim (-6,01% para 8,63%)
  • aves (0,39% para 6,95%).

IPC tem aumento em sete de oito classes

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 1,35% em março, contra 0,28% em fevereiro. Sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação:

  • Transportes (0,07% para 2,51%)
  • Habitação (0,33% para 1,23%)
  • Alimentação (1,20% para 1,99%)
  • Educação, Leitura e Recreação (-0,51% para 0,67%)
  • Saúde e Cuidados Pessoais (-0,12% para 0,29%)
  • Vestuário (0,33% para 1,04%)
  • Despesas Diversas (0,08% para 0,39%).

Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: gasolina (-1,35% para 5,08%), tarifa de eletricidade residencial (-0,73% para 1,60%), hortaliças e legumes (8,44% para 14,79%), passagem aérea (-4,09% para 3,26%), perfume (-3,00% para 2,60%), roupas (0,34% para 1,17%) e serviços bancários (0,06% para 0,41%).

Em contrapartida, o grupo Comunicação (0,08% para -0,11%) apresentou decréscimo em suas taxas de variação. Esta classe de despesa foi influenciada pelo item tarifa de telefone residencial (-0,41% para -0,83%).

Construção também acelera

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,86% em março, ante 0,38% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de fevereiro para março:

  • Materiais e Equipamentos (0,28% para 0,50%)
  • Serviços (1,66% para 0,70%)
  • Mão de Obra (0,25% para 1,21%)

 

  • Quer proteger seus investimentos do impacto da inflação? Então preencha este formulário que um assessor da EQI Investimentos entrará em contato para tirar suas dúvidas.