Alô, câmbio! Tudo bem com você?
Inflação nos EUA nas máximas dos últimos 40 anos… IPCA (Brasil), consistentemente apresentando resiliência e sem qualquer sinal de desaceleração.
Ou seja… Não tem como fugir do óbvio. Os Bancos Centrais terão que agir para segurar a alta de preços. Sob pena de termos problemas ainda maiores no futuro próximo…
Câmbio: como calibrar as altas de juros?
No Brasil, esta resposta é mais óbvia. Seja pelo histórico da nossa Economia ou mesmo por características locais, o BACEN já vem imprimindo um ritmo bem forte de alta de juros. Bem à frente de outros “colegas” ao redor do mundo. E mesmo depois de subir a SELIC de 2% para 11.75%, segundo o próprio Campos Neto, vai mais…
- Veja também: Selic acima de 13% ganha forma após fala de Campos Neto.
E do lado do Fed?
A resposta foge do óbvio. A autoridade monetária realizou a maior emissão de moeda na sua história. Expandiu o Balanço para quase US$ 9 Tri e deixou os juros no ZERO por um longo período… Toda essa engrenagem está no centro da inflação que estamos vendo por lá. Fazer o desmonte disso tudo não será fácil e ainda mais importante, tende a impactar setores “viciados” neste aparato todo. Mas como assim?
Por exemplo, ativos mais arriscados
Sim… Papéis de empresas que demandam muito capital ou que prometem lucro a muito longo prazo, tendem a sofrer mais. Moedas emergentes, na média, também… O dólar segue se valorizando contra os seus pares no exterior. Basta ver onde está o índice DXY, que fica rodando os 100 pontos já tem alguns dias. Máximas de muitos meses, aliás…
- Leia também: É hora de aproveitar a janela do dólar?
Câmbio: e o real, como fica?
Só que, por enquanto, o real parece nem ligar para isso.
Não mesmo. Apesar de uma leve desvalorização recente por conta das encrencas na Ucrânia, a divisa brasileira segue em destaque.
Tanto que desde o começo de 2022 é a moeda com melhor performance no planeta.
Culpa do carry trade (diferencial de juros) e devemos dizer também, condições bem mais favoráveis da Economia no ano corrente. Quem diria, não é mesmo?
Para os próximos dias, recomendo manter o foco nas notícias em relação aos movimentos dos Bancos Centrais. Mais uma vez, dependeremos deles para definir o caminho que os ativos (e a moeda brasileira) tende a seguir no futuro. A conferir…
Câmbio, desligo.
Por Alexandre Viotto, head de câmbio e comércio exterior da EQI Investimentos
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