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IGP-M sobe 1,83% em fevereiro e alta acumulada em 12 meses chega a 16,12%, diz FGV

IGP-M sobe 1,83% em fevereiro e alta acumulada em 12 meses chega a 16,12%, diz FGV

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) avançou 1,83% em fevereiro. Com este resultado, o índice acumula alta de 3,68% em 2022 e registra 16,12% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (25), pelo FGV-Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).

Em janeiro, o IGP-M subiu 1,82%. Enquanto que em fevereiro de 2021, o índice havia subido 2,53% e acumulava alta de 28,94% em 12 meses.

O coordenador dos Índices de Preços, André Braz, relata que a inflação ao produtor foi influenciada pelos preços das grandes commodities. “A soja (de 4,05% para 8,91%), o milho (de 5,64% para 7,92%) e os combustíveis, com destaque especial para o óleo Diesel (de 2,30% para 5,53%) foram responsáveis por 45% da taxa apurada pelo IPA”, aponta.

IPA apresenta aumento de 2,36%

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 2,36% em fevereiro, ante 2,30% em janeiro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 1,21% em fevereiro. No mês anterior, a taxa do grupo havia sido de 0,75%.

De acordo com a pesquisa, a principal contribuição para este resultado foi em relação ao subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 1,11% para 6,89%, no mesmo período.

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O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,69% em fevereiro, ante 0,90% no mês anterior.

A taxa do grupo Bens Intermediários variou de 1,05% em janeiro para 1,50% em fevereiro. O principal responsável por esta variação foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de -0,19% para 5,40%.

O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,85% em fevereiro, após alta de 1,26% em janeiro.

O estágio das Matérias-Primas Brutas registrou alta de 4,16% em fevereiro, contra 4,95% em janeiro. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (18,26% para 5,49%), bovinos (1,94% para 0,47%) e mandioca/aipim (3,89% para 0,26%). Em sentido oposto, destacam-se os itens soja em grão (4,05% para 8,91%), algodão em caroço (0,49% para 11,57%) e aves (-5,59% para -0,11%).

IPC e INCC também avançam em fevereiro

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,33% em fevereiro, ante 0,42% em janeiro. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação.

A principal contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (0,94% para -0,10%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item cursos formais, cuja taxa passou de 4,27% em janeiro para 2,02% em fevereiro.

Além disso, apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Vestuário (1,17% para 0,20%), Habitação (0,33% para 0,13%), Alimentação (1,15% para 1,08%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,07% para 0,05%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: roupas (1,29% para 0,32%), condomínio residencial (1,45% para 0,01%), frutas (8,51% para 3,64%), plano e seguro de saúde (-0,29% para -0,49%).

Por outro lado, os grupos Transportes (-0,17% para 0,26%), Comunicação (0,13% para 0,38%) e Despesas Diversas (0,14% para 0,16%) registraram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, destacaram-se os seguintes itens: gasolina (-1,62% para -0,89%), tarifa de telefone residencial (0,29% para 1,28%) e conselho e associação de classe (0,59% para 1,85%).

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,48% em fevereiro, ante 0,64% em janeiro. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de janeiro para fevereiro: Materiais e Equipamentos (1,05% para 0,56%), Serviços (1,28% para 1,69%) e Mão de Obra (0,14% para 0,19%).

O que é o IGP-M?

O IGP-M é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP), que registra a variação de preços do mercado, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV-Ibre). O índice engloba desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais.

O indicador tem como base os preços coletados entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês atual – também chamado de mês de referência. Nas pesquisas, são levados em consideração os preços de diversos itens, como vestuário, transporte e comida.

O objetivo é justamente monitorar a variação dos custos para verificar a movimentação dos preços. Quanto mais elevado estiver o valor desses itens em relação ao mês anterior, mais o indicador vai subir (e vice-versa).

Para os investidores, o aumento no IGP-M geralmente significa que seu dinheiro valerá um pouco menos – já que a maioria dos rendimentos não é corrigida de acordo com a inflação.