A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou nesta sexta-feira (31) que a bandeira tarifária de novembro continuará sendo a vermelha patamar 1. Com isso, o custo adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos será mantido, refletindo as condições desfavoráveis de geração hidrelétrica no país.
De acordo com a agência, o volume de chuvas segue abaixo da média histórica, o que reduziu os níveis dos reservatórios das principais usinas. Em razão disso, permanece necessário o acionamento de termelétricas — fontes de geração com custo mais elevado — para garantir o equilíbrio do fornecimento de energia elétrica.
A ANEEL destacou ainda que, apesar da crescente participação da energia solar na matriz energética, sua natureza intermitente limita o fornecimento contínuo, especialmente à noite e nos horários de pico. Assim, as termelétricas seguem desempenhando papel essencial no atendimento à demanda nacional.
Bandeira tarifária: sistema foi criado em 2015
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias tem o objetivo de indicar aos consumidores o custo real da geração de energia, conforme a variação das condições hidrológicas e a necessidade de uso de fontes complementares.
A agência reforçou a importância do consumo consciente e do combate ao desperdício, medidas que ajudam a reduzir custos e a promover a sustentabilidade do setor elétrico brasileiro.
As bandeiras tarifárias são um sistema criado pela ANEEL para indicar, mês a mês, o custo real da geração de energia elétrica no Brasil.
O objetivo é tornar mais transparente para o consumidor quando a energia está mais cara ou mais barata, de acordo com as condições de produção. Em vez de esperar os reajustes anuais, o sistema permite que a tarifa reflita, em tempo quase real, as variações nos custos de geração.
Veja como funciona:
- Bandeira verde: condições favoráveis de geração — não há custo extra na conta de luz.
- Bandeira amarela: condições menos favoráveis — acréscimo moderado na tarifa.
- Bandeira vermelha patamar 1: geração mais cara — cobrança adicional mais elevada.
- Bandeira vermelha patamar 2: condições críticas — acréscimo ainda maior por cada 100 kWh consumidos.
- Bandeira escassez hídrica: usada em situações excepcionais de crise hídrica, representando o nível máximo de custo na geração.
Essas bandeiras refletem o uso de usinas termelétricas, que têm custo mais alto que as hidrelétricas. Quando o nível dos reservatórios cai ou as chuvas ficam abaixo da média, é preciso acionar essas usinas para garantir o fornecimento, o que encarece o sistema.
Em resumo, as bandeiras tarifárias funcionam como um sinal de alerta sobre o custo da energia e incentivam o uso consciente da eletricidade, ajudando a equilibrar a oferta e a demanda no país.
Leia também:





