O IBC-BR (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), uma das prévias para o cálculo do PIB, teve alta de 0,34% em fevereiro, índice menor do que as expectativas do mercado financeiro, na faixa de 0,4%, e do que no mês anterior, quando o avanço havia sido de 0,73%.
O avanço em fevereiro foi influenciado pela retomada da mobilidade social devido à melhora do quadro sanitário, pelo pagamento do Auxílio Brasil, em valor e abrangência superiores aos do Bolsa Família, e pela melhora na margem do setor automobilístico e retomada da extração mineral em áreas afetadas pelas condições climáticas.
O setor de Serviços recuou -0,2%, resultado abaixo do que era esperado pelo mercado, alta de 0,7%, refletindo relevantes revisões nos dados dos meses anteriores e quedas em Serviços de Informação e Outros Serviços.
Na direção oposta, o Varejo Ampliado avançou 2,0% m/m, leitura acima da expectativa consensual do mercado, beneficiado pelo pagamento do Auxílio Brasil e avanço da mobilidade social; a indústria reverteu o recuo observado em janeiro e avançou 0,7% no mês, levemente acima do esperado.
Análise do Time Macro & Estratégia do BTG Pactual
Para os próximos meses, os analistas do Time Macro & Estratégia do BTG Pactual observam espaço para avanço da atividade econômica, impulsionado pelas medidas fiscais promovidas pelo governo federal, como liberação do FGTS, antecipação de 13º salário para pensionistas e maior facilidade para liberação de crédito.
Os indicadores antecedentes de confiança já têm apontado uma melhora no sentimento com relação à situação atual e às expectativas.
Por sua vez, os analistas ressaltam a queda do rendimento médio real, somado ao quadro inflacionário adverso, como possíveis elementos que podem piorar o cenário macroeconômico para o segundo semestre. Vale chamar a atenção para o endividamento das famílias, que continua rodando em patamares elevados, atingindo 77,5% das famílias em março, maior nível da série histórica iniciada em 2010.
O que é o IBC-BR
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) tem como objetivo mensurar a evolução contemporânea da atividade econômica do país de forma mensal, a fim de contribuir para a elaboração de estratégia de política monetária.
A ideia era antecipar as tendências do Produto Interno Bruto (PIB), ainda que os números não sejam exatamente os mesmos por causa de metodologias diferentes. Seus dados, por exemplo, são usados pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na hora da definição da Selic, a taxa básica de juros.
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