Os Futuros de Nova York sobem na manhã desta segunda-feira (14) com Rússia-Ucrânia sinalizando conversações, ainda que sem qualquer cessar-fogo, por enquanto.
Pela mesma razão os mercados europeus operam em terreno positivo, com um olho no Leste, e o outro olho na movimentação do Federal Reserve (Fed, espécie de banco central dos EUA). A instituição deve mexer na taxa básica de juros daquela economia.
O petróleo, que esteve na maioria do noticiário na última semana, volta ao caderno de economia do New York Times hoje, cuja manchete informa que os preços da commodity caem ligeiramente à medida que a volatilidade do mercado diminui.
Segundo o jornalão, um barril de petróleo está sendo negociado a cerca de US$ 110, enquanto a gasolina está em US$ 4,30 em média nos Estados Unidos.
Em se tratando de combustíveis, não são apenas os norte-americanos que se veem pressionados pela alta. No Brasil o produto já se encontra próximo dos R$ 10 por litro, a depender da Região do país, e em países da Europa, a exemplo de Portugal, o governo também sinaliza a elevação do preço. A população reclama, o empresariado protesta e a vida segue.
Às 6h55, em Nova York, o Dow Jones subia 1,00%, o S&P 500 subia 0,91%, e a Nasdaq subia 0,68%.
Na Europa, o DAX, da Alemanha subia 2,50%, o FTSE 100, de Londres, subia 0,24%, e o CAC 40, da França, subia 2,05%. Já o FTSE MIB, da Itália, subia 1,86%, e o Stoxx600 subia 1,07%.
Na Ásia, o Nikkei, do Japão, subia 0,58%, o Shanghai, de Xangai, caía 2,60%, e o HSI, de Hong Kong, caía 4,97%. Já o ASX 200, da Austrália, subia 1,21%, e o Kospi, da Coréia do Sul, caía 0,59%.
Do lado das commodities, o petróleo tipo Brent caía 3,26%, cotado a 109,00, e o tipo WTI caía 4,73%, cotado a US$ 104,16. Já o ouro caía 1,04%, cotado a US$ 1.964,20, e o minério caía 6,98%, cotado a US$ 119,52.
O que tá rolando?
Nos Estados Unidos (EUA), os mercados estimam que o Fed eleve sua meta de taxa de fundos em um quarto de ponto percentual no final de sua reunião de dois dias, na quarta-feira (16). Os investidores também se atêm ao banco central por suas novas previsões para taxas, inflação e economia, dada a incerteza da escalada das tensões geopolíticas.
Estrategista-chefe de mercados e dinheiro da Ally, Lindsey Bell disse à CNBC que no momento, espera-se que o Fed seja cauteloso quando se trata da política de taxas de juros em 2022, dado o conflito na Ucrânia.
Isso porque o conflito está adicionando complexidade ao já difícil trabalho do Fed. “O banco central provavelmente permanecerá dependente de dados, pois toma decisões sobre taxas ao longo do ano”, ressaltou.
Na última semana o Dow caiu 2%, sofrendo sua quinta semana negativa consecutiva, o S&P 500 e a Nasdaq Composite caíram 2,9% e 3,5% naquele período, respectivamente, ambos registrando sua maior perda semanal desde 21 de janeiro.
Esse cenário mostra que as principais médias mergulharam no território de correção à medida que os riscos geopolíticos e os temores de inflação fizeram os preços dos ativos caírem. O blue-chip Dow caiu quase 11% em relação ao seu recorde, enquanto o S&P 500 caiu quase 13% em relação ao seu recorde histórico. A Nasdaq, pesada em tecnologia, sofreu o impacto da liquidação, caindo mais de 20% em relação ao recorde de novembro.
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Europa
Na Europa, a invasão da Ucrânia pelas tropas russas já provocou a fuga de cerca de 2,69 milhões de ucranianos, segundo o balanço divulgado ontem pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
De acordo com agências internacionais, a Polônia acolheu mais de metade destas pessoas, recebendo 1,6 milhão de refugiados ucranianos, enquanto 246.000 foram para a Hungria, 195.000 para a Eslováquia, 105.000 para a Rússia, 104.000 para a Moldávia, 84.000 para a Romênia e cerca de 900 para a Bielorrússia, entre outros países.
Mais de 300.000 refugiados ucranianos encontram-se também noutros países europeus não vizinhos da Ucrânia.
O êxodo de refugiados ucranianos é o maior da Europa desde a II Guerra Mundial, ultrapassando mesmo os causados por todas as guerras na ex-Iugoslávia durante os anos 90 (2,4 milhões, segundo estimativas das organizações humanitárias).
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Ásia
Na Ásia, a China está atualmente passando por uma onda de infecções por Covid – seu pior surto desde que o país reprimiu a pandemia em 2020, e grandes cidades, incluindo Shenzhen, estão correndo para limitar a atividade comercial.
Já a região administrativa especial de Hong Kong também vem lutando contra um ressurgimento de casos de Covid nas últimas semanas.
Analistas da ANZ Research, Raymond Yeung e Zhaopeng Xing disseram, em nota, que a China está enfrentando a maior onda de Covid desde o fim do bloqueio nacional em março de 2020.
Para eles, se o bloqueio for estendido, o crescimento econômico da China será afetado significativamente. “É muito cedo para mudarmos nossa previsão de crescimento do PIB (5,0%) para 2022, mas estamos cautelosos com o impacto de um bloqueio parcial nas províncias economicamente ricas”, ressaltaram.
Brasil
No Brasil, onda de fusões na saúde movimenta R$ 20 bilhões em um ano e aquece o setor, diz o Estadão.
Conforme o periódico, do início de 2021 até agora o segmento já teve 150 transações, e as companhias buscam ganhar eficiência com o atendimento em rede própria.
Já O Globo destaca que bancos fecham quase quatro agências por dia e, em cidades pequenas, nem Pix ajuda a compensar perdas. O comércio se ressente e os moradores custam a mudar hábitos. Com isso, as fintechs tentam avançar no interior.
A B3, que é a bolsa brasileira, informa que a partir de hoje retomará o horário normal de funcionamento, das 10h até as 17h, horário de Brasília.
A mudança tem o objetivo de acompanhar o mercado norte-americano, já que no domingo (13), começou o horário de verão nos Estados Unidos, que vai até 6 de novembro.
Também informa que Daniel Sonder, vice-presidente Financeiro, Corporativo e de Relações com Investidores, deixará a companhia no dia 29 de abril, por decisão pessoal. Ele assumirá novas responsabilidades em empresa no exterior.
André Veiga Milanez, que está na B3 desde 2009 e atualmente é Diretor Financeiro, assumirá o cargo de Diretor Executivo Financeiro, Administrativo e de Relações com Investidores.
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Mercados de Nova York
- Dow Jones: +1,00%
- S&P: +0,91%
- Nasdaq: +0,68%
Mercados Europa
- DAX, Alemanha: +2,50%
- FTSE, Reino Unido: +0,24%
- CAC, França: +2,05%
- FTSE MIB, Itália: +1,86%
- Stoxx 600: +1,07%
Mercados Ásia
- Nikkei, Japão: +0,58%
- Xangai, China: -2,60%
- HSI, Hong Kong: -4,97%
- ASX 200, Austrália: +1,21%
- Kospi, Coreia: -0,59%
Petróleo
- Brent (dezembro 2021): 109,00 (-3,26%)
- WTI (novembro 2021): US$ 104,16 (-4,73%)
Ouro
- Ouro futuro (dezembro 2021): US$ 1.964,20 (-1,04%)
Minério de ferro
- Bolsa de Dalian: US$ 119,52 (-6,98%)
