O fundo imobiliário XPPR11 corre o risco de ser excluído do IFIX, o principal índice de Fundos de Investimento Imobiliário da Bolsa de Valores brasileira. O motivo é que o fundo não está presente na prévia da carteira teórica, divulgada pela B3 em 16 de agosto.
A primeira prévia, divulgada no início de agosto, já havia indicado a exclusão do XPPR11. Na segunda lista, o fundo continuou ausente. A carteira teórica do IFIX é revisada a cada quatro meses. Antes da divulgação oficial da nova composição, a B3 apresenta três prévias para que os investidores possam ajustar suas posições, se desejarem.
Mudanças na carteira teórica do IFIX
As alterações na carteira teórica do IFIX ocorrem a cada quatro meses, com a B3 divulgando três prévias no mês anterior para permitir ajustes nas carteiras dos investidores. Os fundos imobiliários que compõem o índice são escolhidos com base em indicadores como valor patrimonial, distribuição de dividendos e liquidez das cotas, entre outros fatores.
Embora, em teoria, a inclusão ou exclusão de um FII do IFIX não afete diretamente a negociação dos fundos, na prática, a saída do índice pode gerar desconfiança no mercado, impactando negativamente o valor das cotas e a liquidez diária. Por outro lado, a inclusão no índice pode ter efeitos positivos, como o aumento da visibilidade e a inclusão em carteiras recomendadas por bancos e casas de análise, atraindo mais investidores.
Cenário do XPPR11
O XP Properties é um fundo de lajes corporativas com uma das maiores alavancagens no mercado de fundos imobiliários. Gerido pela XP Asset, o FII enfrenta desafios significativos devido a altos índices de vacância, ainda reflexo da pandemia de covid-19, e a elevados níveis de endividamento.
Com um patrimônio líquido de R$ 465,9 milhões, o XPPR11 reportou em seu último relatório gerencial uma dívida total de R$ 593,55 milhões. Parte dessa dívida será amortizada com a venda de seu principal ativo, o Faria Lima Plaza, cuja negociação está em andamento desde março.
Após essa venda, o fundo passará a possuir apenas dois ativos: o Corporate Evolution e o iTower, localizados em Alphaville, Barueri, na região metropolitana de São Paulo. Essa área tem apresentado uma taxa de vacância superior à de São Paulo, o que gera preocupações entre analistas quanto à futura capacidade de geração de receitas do fundo.
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