O grupo Pátria fechou a compra da área de Fundos Imobiliários (FIIs) do Credit Suisse por R$ 650 milhões. O negócio foi formalizado por um acordo entre a gestora de investimentos e a subsidiária Credit Suisse Hedging-Griffo Real Estate. O valor é equivalente a US$ 130 milhões, conforme havia sido relatado anteriormente pelo jornal Valor Econômico.
A transação abrange os fundos imobiliários listados na B3, totalizando aproximadamente US$ 2,4 bilhões em ativos, ou R$ 12 bilhões,. Os fundos são os seguintes:
- CSHG Logística (HGLG11)
- CSHG Real Estate (HGRE11)
- CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11)
- CSHG Renda Urbana (HGRU11)
- CSHG Imobiliário FOF (HGFF11)
- CSHG Prime Offices (HGPO11)
- CSHG Residencial (HGRS11)
- Castello Branco Office Park (CBOP11)
A equipe da CSHG Real Estate será integralmente transferida para o Pátria Investimentos, uma gestora global de ativos alternativos que atualmente detém um portfólio de US$ 28,4 bilhões em ativos sob gestão, com ações listadas na Nasdaq.
Venda de fundos do Credit Suisse vinha desde outubro
Segundo apontaram fontes do jornal Valor Econômico, o Pátria já havia concretizado a aquisição da área de fundos imobiliários do Credit Suisse por US$ 160 milhões, conforme divulgado pela publicação há dois dias, e que as negociações vinham avançadas desde outubro.
Embora tenha despertado interesse de diversos players do mercado, apenas Pátria e Vinci progrediram para a segunda fase do processo de venda do braço imobiliário do Credit Suisse. Participaram do processo gestoras renomadas, como Itaú, Kinea, Jive, Hedge e RBR.
Os fundos sob gestão da Credit Suisse não devem ter grandes mudanças em suas políticas de atuação, na visão de Carolina Borges, analista de FIIs da EQI Research.
“No comunicado, fica clara a ideia de continuidade dos serviços de gestão atualmente prestados pelo time de gestão, possivelmente em estrutura similar à VBI. Esperamos, assim, que a estratégia de cada fundo seja mantida, agora podendo contar com a estrutura do Pátria”, aponta a especialista.,
Ela lembra, contudo, que a migração da gestão dos fundos não será automática. “Essa mudança precisa ser aprovada em AGE (assembleia geral extraordinária) pelos cotistas, em cada um dos fundos, que devem realizar a convocação em breve”, aponta.