A EQI Asset fechou a compra de uma das torres do Lotus Tower, empreendimento corporativo que está em construção e promete ser um dos maiores do país, segundo reportagem do Metro Quadrado publicada nesta segunda-feira (8).
A operação, que marca a entrada da gestora em Brasília, movimentará R$ 381 milhões e já conta com um fundo imobiliário estruturado especialmente para a transação.
Com quatro torres e padrão triple-A, o Lotus Tower deve ser entregue em 2027 e terá a segunda maior laje corporativa do Brasil, atrás apenas do Pátio Malzoni, em São Paulo.
A torre adquirida pela EQI já está 100% locada para órgãos públicos como ANS, CADE, Antaq e Infra, com contratos atípicos de dez anos, reduzindo significativamente o risco de inadimplência.
Ettore Marchetti, CEO da EQI Asset, destacou, para a Metro Quadrado, que a escassez de prédios corporativos triple-A em Brasília — apenas 5% dos 4,2 milhões de m² disponíveis, com vacância de apenas 3% — pesou na decisão. O fundo criado para a operação espera retorno anual de 17% no período de três anos, podendo ser prorrogado por mais dois.
Para a incorporadora Lotus, a venda é a primeira saída de capital do seu maior projeto até agora. A empresa manteve, no entanto, a opção de recompra ao final do fundo, apostando em uma possível queda nos juros que poderia valorizar o ativo no futuro.
Além do Lotus Tower, a incorporadora já negocia a venda de outras torres e tem planos de lançar novos projetos comerciais e residenciais que podem somar até R$ 3 bilhões em valor geral de vendas nos próximos anos.
