Em abril de 2025, o fundo imobiliário VGIP11 distribuiu R$ 13,319 milhões em dividendos, o que representou R$ 1,13 por cota. Esse valor foi 56% superior ao pagamento anterior, destacando-se como um dos maiores rendimentos mensais do fundo.
A distribuição refletiu o resultado mensal expressivo, que totalizou R$ 13,42 milhões, superior aos R$ 8,383 milhões registrados em março. Esse avanço foi impulsionado por receitas mensais de aproximadamente R$ 14,647 milhões, frente a despesas de cerca de R$ 1,226 milhão.
A nova distribuição de rendimentos proporcionou uma rentabilidade líquida anualizada de 17,58%, considerando o valor patrimonial da cota em março de 2025. No acumulado de 12 meses, os cotistas do $VGIP11 receberam R$ 10,29 por cota, o que corresponde a uma rentabilidade de IPCA + 6,8% ao ano.
Dividendos do VGIP11 e regime de distribuição
A gestão do fundo destaca que a política de distribuição segue o regime de caixa. Isso significa que os dividendos são pagos com base no recebimento efetivo dos recursos.
Em ciclos anteriores, a estratégia de rotação dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) da carteira ajudava a antecipar repasses atrelados ao IPCA. No entanto, a recente valorização das NTN-Bs e a consequente queda no valor de mercado dos CRIs indexados à inflação dificultaram essa prática.
Com isso, o VGIP11 acumula atualmente R$ 1,43 por cota em ganhos vinculados ao IPCA ainda não convertidos em caixa. Esse montante represado afeta diretamente a percepção da rentabilidade real do fundo. Nos últimos seis meses, a rentabilidade efetivamente paga foi de IPCA + 5,2% ao ano.
Caso o fundo operasse sob o regime de competência ou conseguisse realizar as operações de giro de CRIs como no passado, os dividendos poderiam ter sido R$ 1,43 por cota mais elevados.
Isso representaria uma rentabilidade potencial de IPCA + 8,5% ao ano, mais próxima do yield médio atual da carteira, estimado em IPCA + 10,8% ao ano.