A Carteira Recomendada de FIIs da EQI Research não teve alterações para o mês de junho. Porém, o relatório aponta as perspectivas para os diferentes fundos para o período. As perspectivas são mais elevadas para fundos de papel, shoppings, FOFs e renda urbana e varejo.
Desde a última revisão, o IFIX apresentou queda de -0,33% enquanto a carteira recomendada apresentou não apresentou variação, segundo o relatório da casa de análise.
Com relação ao cenário econômico, no âmbito doméstico o relatório citou que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu cortar a Selic em 0,25 p.p., levando a taxa de juros a 10,50% ao ano. Foi uma redução no ritmo dos cortes (que haviam sido de 0,50 p.p. até então) e sem indicação sobre os próximos movimentos.
“Os juros futuros seguiram praticamente estáveis, com o cupom da NTN-B 2035 próximo a 6,1%. Sabemos que os FIIs tendem a reagir de modo positivo em cenário de juros longos mais baixos, o que motivou o desempenho lateral do mês de maio. O cenário é muito similar ao que foi visto em abril – os fundos de tijolo estão com desempenho negativo, buscando um impulsionamento da rentabilidade de proventos por pressão de preços; e os FIIs de papel seguem como parcela mais resiliente do IFIX”, citou no relatório, a analista de FIIs da EQI Research, Carolina Borges.

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Panorama na carteira recomendada de FIIs
Segundo o relatório, os segmentos de lajes corporativas e logística, que demandam diretamente crescimento econômico para um bom desempenho, foram os mais afetados. Do lado das lajes, FIIs como XPPR, PVBI e HGRE foram as maiores quedas do mês e são os que apresentam os maiores desafios em relação ao reaquecimento da demanda ou reposicionamento do portfólio a bons níveis de preço de aluguel.
“Nos FIIs logísticos, VILG e RBRL foram os mais afetados. As teses mais específicas, como HTMX e BTAL, foram as grandes vencedoras do mês, mas preferimos uma exposição mais cautelosa e menos dependente da reciclagem de ativos”, diz trecho do relatório.
Na Carteira EQI FIIs do mês anterior, o desempenho foi puxado especialmente pelo BCIA11 (2,1%) e VCJR11 (1,5%).
“O BCIA apresentou bom resultado mensal, com ganho de capital pelo 10º mês consecutivo e consolidando seu patamar de distribuição em R$ 0,87/cota – ficando acima da expectativa de R$0,85/cota). O VCJR diminuiu o desconto frente ao valor patrimonial que apresentou no mês passado, mas possui uma carteira com boa qualidade de crédito e taxas de remuneração atrativas”, diz outro trecho do relatório.
Pelo lado negativo, o ALZR foi o detrator do resultado carteira no mês. A queda mais acentuada foi motivada pelo anúncio da 7ª emissão de cotas, restrita aos cotistas, e realizada em linha com o valor patrimonial.
“Como o FII negociava a uma relação P/VP de cerca de 1,07x, o valor de mercado foi ao encontro do valor patrimonial. Entendemos que o movimento é pontual e recomendamos que os cotistas exerçam os direitos de preferência”, disse a analista da EQI Research.
Desempenho da Carteira Recomendada de FIIs
No período de 29/04/2024 a 28/05/2024, a carteira recomendada apresentou um desempenho de 0,0% frente a -0,33% do IFIX. O dividend yield da carteira no período foi de 0,87%. Enquanto isso, no histórico, desde 26/09/2022, a carteira apresenta um desempenho acumulado de +17,3% frente a +13,2% do IFIX.

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