Um fundo que investe em cavalos de salto é a novidade do mercado financeiro. A Lifetime Asset Management, ligada ao BTG Pactual (BPAC11), desenvolveu o fundo multimercado Marlon Zanotelli Horses. As informações são do Valor Investe.
O nome homenageia o cavaleiro brasileiro de 35 anos que busca uma medalha nos Jogos Olímpicos de 2024, em julho, na França.
O produto é distribuído, por ora, apenas a investidores profissionais — aqueles com mais de R$ 10 milhões investidos. O desejo da gestora, no entanto, é disponibilizá-lo para o público geral em um futuro próximo.
A aplicação inicial mínima do investimento em cavalos de salto é de R$ 25 mil. O Marlon Zanotelli Horses acumula desde seu lançamento, em setembro do ano passado, R$ 5,84 milhões sob administração e 65 cotistas.
Investimento em cavalos de salto: entenda
A maioria dos fundos oferecidos pela empresa são exclusivos, com acesso restrito a um número limitado de investidores. O plano da gestora é ganhar dinheiro comprando cavalos de salto europeus, trabalhando no treinamento e vendendo os animais mais valorizados no futuro. Além disso, é possível levantar recursos com competições.
Metade do dinheiro é destinado aos cavaleiros e, a outra metade, aos cavalos do fundo.
A casa chegou a patrocinar campeonatos e estabeleceu uma relação próxima com Marlon Zanotelli, o principal cavaleiro brasileiro e um dos melhores do mundo. Agora, a égua dele faz parte da carteira do fundo.
Para se ter noção, um cavalo de salto europeu é adquirido por cerca de 100 mil euros (aproximadamente R$ 537 mil). Caso tenha uma boa performance olímpica, é vendido por 1,2 milhão de euros (ao redor de R$ 6,4 milhões).
Vale notar também que Zanotelli já conseguiu cerca de 1 milhão de euros (em torno de R$ 5,4 milhões) em premiações.
Outro ponto positivo deste investimento “novidade” é que o mercado dificilmente tem crises, uma vez que o poder aquisitivo das pessoas que compram tende a ser mais alto. Também, os novos cavalos estão atrelados ao nascimento de novos atletas.
A Federação Equestre Internacional estima que existam 44 mil cavaleiros atletas, e o hipismo movimenta cerca de 32 bilhões de euros por ano (o equivalente a aproximadamente R$ 172 bilhões) por meio do comércio de cavalos, cursos e premiações.
Como funciona?
O fundo multimercado Marlon Zanotelli Horses adquire um Fundo de Investimento em Participações (FIP), que, por sua vez, investe na empresa de comercialização de cavalos, AZ Investments. O fundo tem a responsabilidade de auditar as despesas e fazer gestão do caixa e do rendimento.
A taxa de administração do multimercado é de 1% ao ano, enquanto a do FIP é de 2% a.a., além de uma taxa de performance de 20% sobre o rendimento que exceder o IPCA mais 4% ao ano.
Atualmente, há três cavalos no portfólio — número que pode chegar a 20. A ideia da gestora é diversificar os cavalos de salto para diminuir os riscos, assim como acontece com os ativos em um fundo: há os de altíssima performance, até os que ainda devem ser preparados.