Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Notícias
Estudo da ABDI diz que alta tributação e falta de mão de obra emperram 5G no Brasil

Estudo da ABDI diz que alta tributação e falta de mão de obra emperram 5G no Brasil

A ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) divulgou um estudo detalhando quais as principais barreiras que o governo brasileiro precisa superar se quiser implantar, com sucesso, a tecnologia 5G no País.

Em entrevista publicada no jornal Folha de S.Paulo, Igor Calvet, presidente da ABDI, cravou que o Brasil terá de qualificar a mão de obra especializada para desenvolver plataformas digitais se quiser aproveitar da maneira correta os benefícios advindos da tecnologia de quinta geração.

“As escolas formam 32 mil profissionais nesse segmento por ano, mas o mercado tem mais de 70 mil vagas”, comparou. “Hoje, na ABDI, mapeamos as competências do setor privado. Tentamos, pela primeira vez, promover um encontro entre a oferta e a demanda”, emendou Calvet.

“Não podemos desperdiçar essa oportunidade que a tecnologia 5G abre para o País”, alertou a senadora Kátia Abreu, que presidirá a recém-criada Frente Parlamentar do Varejo, Ecommerce e Franchising.

“Com a internet das coisas, haverá uma revolução na produtividade. No campo, era assim. Queremos levar essa inovação para o varejo”, emendou a parlamentar.

Publicidade
Publicidade

Ela também considera a falta de mão de obra como um problema grave, mas crê que o País poderá criar uma forma de sanar esse problema a tempo de aproveitar tudo o que a tecnologia 5G terá a oferecer. “Tem gente deixando as profissões tradicionais para se dedicar à programação. Precisa resolver esse gargalo.”

Tributação

A segunda barreira que terá de ser superada pelo governo é referente à tributação, que necessita ser ajustada à realidade dos negócios em tecnologia.

A ideia da senadora Kátia Abreu é isentar tributos dos chips 5G para que as máquinas de cartão, que hoje operam com chips de celular, são usadas como forma de pagamento e acessam contas bancárias via internet, evoluam e até “conversem entre si”.

Hoje a União cobra de cada chip de celular R$ 14,29 por ano entre tributos e contribuições. Conforme a reportagem da Folha, na comunicação entre máquinas, essa receita média por chip é estimada em R$ 12 por ano pelas operadoras. Ou seja: mantida essa estrutura tributária, a internet das coisas se torna inviável e, sem ela, o país avançará lentamente na era da indústria conectada.