A Geração Z está prestes a se tornar a mais rica da história. Atualmente enfrentando dificuldades financeiras, muitos jovens vivem de salário em salário, lidando com altos custos de aluguel e um mercado de trabalho incerto. No entanto, projeções indicam que essa realidade mudará drasticamente nas próximas décadas.
Um relatório recente do Bank of America aponta que a renda acumulada pelos jovens nos Estados Unidos saltará de US$ 9 trilhões em 2022 para US$ 36 trilhões em 2030. Em 2040, esse valor pode atingir US$ 74 trilhões, colocando essa geração como a mais rica e numerosa do mundo até 2035.
Desafios financeiros atuais
Hoje, muitos jovens enfrentam dificuldades econômicas significativas. Com o custo de vida elevado, a compra de imóveis parece um sonho distante para grande parte deles. Muitos evitam ter filhos devido às despesas envolvidas e, em alguns casos, recusam ofertas de emprego porque não podem pagar pelo transporte até o local de trabalho.
Além disso, essa geração é frequentemente descrita como “supereducada e subempregada”, sendo forçada a aceitar cargos abaixo de sua qualificação. O desemprego entre os jovens profissionais também aumentou consideravelmente, refletindo os desafios do mercado de trabalho atual.
Herança: a transferência de riqueza
A principal mudança no cenário financeiro da Geração Z virá da chamada “Grande Transferência de Riqueza”. Estima-se que US$ 84 trilhões serão repassados de gerações mais velhas para a Geração X, millennials e Geração Z até 2045. Embora a maior parte desse montante fique com os mais velhos, uma parcela significativa beneficiará a Geração Z, permitindo um crescimento explosivo de seu poder econômico.
Além da herança, os salários da Geração Z nos EUA cresceram 8% apenas no último ano, indicando uma tendência de melhoria na renda. Essa geração também tem padrões de consumo mais elevados que os das anteriores, com gastos projetados para atingir US$ 12,6 trilhões globalmente até 2030.
O impacto econômico da Geração Z
A influência da Geração Z na economia será imensa. Setores como luxo, e-commerce, tecnologia, bem-estar e entretenimento devem prosperar, uma vez que seus gastos já ultrapassam os de outras gerações. Empresas que desejam se manter competitivas precisam entender e se adaptar às preferências desse grupo.
O relatório do Bank of America destaca que a Geração Z será uma das mais disruptivas da história, alterando hábitos de consumo, padrões de poupança e tendências de mercado. Seu crescimento econômico pode redefinir as bases do capitalismo moderno, influenciando desde o setor imobiliário até a forma como os produtos são comercializados.
Em pouco mais de uma década, a esses jovens passarão de um grupo economicamente vulnerável para a maior potência financeira global. As transformações que eles promoverão vão moldar a economia do futuro e definir novos padrões para empresas e governos ao redor do mundo.
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