23 Mai 2022 às 16:23 · Última atualização: 24 Jun 2022 · 2 min leitura
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Última atualização: 24 Jun 2022
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O ex-governador de São Paulo João Doria desistiu nesta segunda-feira (23) de sua candidatura à Presidência pelo PSDB nas eleições deste ano. Vencedor das prévias do partido, realizadas no ano passado, ele havia renunciado ao governo no início de abril para se dedicar à campanha, mas vinha enfrentando resistência junto à cúpula da legenda.
“Serenamente entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito esta realidade com a cabeça erguida. Sou um homem que respeita o bom senso, o diálogo e o equilíbrio. Sempre busquei e seguirei buscando o consenso, mesmo que ele seja contrário à minha vontade pessoal. O PSDB saberá tomar a melhor decisão no seu posicionamento para as eleições deste ano. Me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve”, disse Doria.
A tendência é que o PSDB faça coligação com o PMDB para apoiar a senadora Simone Tebet (MS) nas eleições de outubro. O Cidadania é outro partido que deve se juntar ao grupo para tentar fortalecer uma candidatura da chamada “terceira via”, a tentativa de promover uma oposição simultânea aos líderes das pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL)
O tucano admitiu que tentou se colocar como essa alternativa para atender aos eleitores que não querem os extremos. “Que não querem aquele que foi envolvido em escândalos de corrupção. E nem aquele que não deu conta de salvar vidas, não deu conta de salvar a economia e que envergonha nosso país em todo o mundo”, disse ele, em referências indiretas e Lula e a Bolsonaro, respectivamente.
O mau desempenho de Doria nas últimas pesquisas, em que ele aparecia com cerca de 3% das intenções de voto, acabou por tirar de vez as chances do ex-governador e ex-prefeito da capital, que deve deixar a política e retomar sua carreira como empresário.
Tebet também tem intenção baixa, em torno de 2%, mas a legenda acredita no potencial de crescimento da senadora, que conta com apoiadores como o ex-presidente Michel Temer.