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Volume dos Serviços recua 0,1% em janeiro, aponta IBGE

Volume dos Serviços recua 0,1% em janeiro, aponta IBGE

O volume dos Serviços recuou 0,1% em janeiro frente a dezembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a autarquia, o movimento se dá na série com ajuste sazonal após acumular um ganho de 4,7% nos dois últimos meses do ano passado.

Também disse que com isso, o setor de serviços se encontra 7,0% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e permanece no maior patamar desde agosto de 2015.

E acrescentou que na série sem ajuste sazonal, no confronto com janeiro de 2021, o volume de serviços assinalou a 11ª taxa positiva consecutiva, avançando 9,5%.

O indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 10,9% em dezembro para 12,2% em janeiro, manteve a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2021 (-8,6%).

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IBGE: Volume dos Serviços

Ainda de acordo com o IBGE, o decréscimo de 0,1% do volume de serviços, de dezembro para janeiro de 2022, foi acompanhado por três das cinco atividades investigadas, com destaque para as perdas em serviços de informação e comunicação (-4,7%), que recuaram pelo segundo mês consecutivo (-4,9%).

As demais retrações vieram de serviços prestados às famílias (-1,4%) e de outros serviços (-1,1%), com o primeiro interrompendo nove taxas positivas seguidas (com 60,0% de crescimento no período); e o último eliminando uma pequena parte do avanço registrado nos dois últimos meses de 2021 (5,7%).

Em sentido oposto, transportes (1,4%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,6%) tiveram as únicas taxas positivas do mês, com ambos emplacando a terceira taxa positiva consecutiva, período em que avançaram 6,6% e 5,3%, respectivamente.

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Média móvel trimestral

Já o índice de média móvel trimestral apontou expansão (1,5%) frente ao nível do mês anterior, mantendo comportamento predominantemente positivo desde julho de 2020. Entre os setores, quatro acompanharam o crescimento do índice global: os transportes (2,2%), os profissionais, administrativos e complementares (1,7%), os outros serviços (1,5%) e os serviços prestados às famílias (0,6%). Por outro lado, apenas os serviços de informação e comunicação (-0,2%) apontaram resultado negativo no trimestre terminado em janeiro de 2022.

Na comparação com janeiro de 2021, o volume de serviços, ao avançar 9,5% em janeiro de 2022, registrou a 11ª taxa positiva seguida. O resultado deste mês trouxe expansão em todas as cinco atividades e contou ainda com crescimento em 65,7% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,2%) exerceu a principal contribuição positiva, impulsionado pelos ramos de transporte rodoviário de cargas; transporte aéreo de passageiros; gestão de portos e terminais; rodoviário coletivo de passageiros; navegação de apoio marítimo e portuário; e atividades de agenciamento marítimo.

Demais avanços

Os demais avanços vieram dos serviços de informação e comunicação (4,9%); dos profissionais, administrativos e complementares (7,7%), dos prestados às famílias (19,4%) e outros serviços (3,1%), que apresentaram incrementos de receita em: portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; consultoria em tecnologia da informação; desenvolvimento de programas de computador sob encomendas; e desenvolvimento e licenciamento de softwares, no primeiro ramo; em locação de automóveis; serviços de engenharia; organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; consultoria em gestão empresarial; e atividades de cobranças e informações cadastrais, no segundo; em hotéis; restaurantes; serviços de bufê; e parques de diversão e temáticos, no terceiro; e em coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana ou industrial; corretoras de títulos e valores mobiliários; e consultoria em investimentos financeiros, no último.

Regionalmente, 12 das 27 unidades da federação tiveram retração no volume de serviços em janeiro de 2022, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o decréscimo (-0,1%) observado no Brasil. Entre os locais com taxas negativas, o impacto mais importante veio do Distrito Federal (-9,1%), seguido por Rio de Janeiro (-1,2%) e Minas Gerais (-1,9%). Em contrapartida, São Paulo (0,6%) e Goiás (4,5%) registraram os principais avanços.

Na comparação com janeiro de 2021, o avanço do volume de serviços no Brasil (9,5%) foi acompanhado por 25 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (12,2%), seguido por Mato Grosso (45,8%), Rio Grande do Sul (11,3%), Bahia (13,6%) e Minas Gerais (4,7%). Em sentido oposto, Distrito Federal (-1,8%) e Tocantins (-2,2%) assinalaram os únicos resultados negativos do mês.

Atividades turísticas crescem 1,1% em janeiro

Em janeiro de 2022, o índice de atividades turísticas cresceu 1,1% frente a dezembro, oitava taxa positiva nos últimos nove meses, período em que acumulou um ganho de 69,6%. Vale destacar, contudo, que o segmento de turismo ainda se encontra 9,7% abaixo do patamar de fevereiro de 2020. Regionalmente, sete dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de expansão. A contribuição positiva mais relevante ficou com São Paulo (2,8%), seguido por Distrito Federal (3,3%) e Rio Grande do Sul (1,3%). Em sentido oposto, Bahia (-3,9%), Minas Gerais (-2,4%) e Paraná (-3,3%) assinalaram os resultados negativos mais importantes do mês.

Na comparação janeiro de 2022 / janeiro de 2021, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 29,1%, décima taxa positiva seguida, sendo impulsionado pelos ramos de transporte aéreo; hotéis; restaurantes; locação de automóveis; rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê. Em termos regionais, todas as 12 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço, com destaque para São Paulo (38,9%), seguido por Minas Gerais (49,0%), Rio de Janeiro (12,6%), Rio Grande do Sul (40,8%) e Bahia (21,2%).

Tá, e daí?

Na primeira leitura de 2022, o setor de Serviços apresentou recuo marginal, após dois meses de altas expressivas. A afirmação é da equipe de Research do BTG Pactual (BPAC11).

De acordo com os analistas, este recuo reflete perda de ímpeto no cenário de recuperação dos Serviços Prestados às Famílias e das Atividades Turísticas, observados nos últimos meses, decorrente da elevada disseminação da variante Ômicron e da gripe H3N2, que provocaram uma redução da mobilidade social superior à que seria esperada para o mês, desacelerando o resultado.

“Como surpresa positiva, destacamos o avanço do segmento de transportes apesar da deterioração da produção industrial em janeiro, que provocou uma menor demanda por transporte de cargas, e do cancelamento de voos por consequência da piora do cenário sanitário”, disseram.

E acrescentaram que vale ressaltar que parte do recuo é justificado pelas revisões altistas nos meses anteriores. Dezembro revisado de 1,4% para 1,7% e novembro revisado de 2,7% para 2,9%. Além disso, o resultado deixou um carrego positivo de 2,0% para o 1T22.

E para frente?

Para os próximos meses, o BTG diz esperar que a recuperação da mobilidade social, com a melhora do cenário sanitário, e o carnaval, apesar de impactado pelas restrições às festas de rua e aos desfiles, impulsionem positivamente o setor de Serviços.

“Contudo, refletindo a queda do rendimento real dos trabalhadores, o aumento dos trabalhadores informais, a elevada inflação e a manutenção da tendência negativa apresentada pelos indicadores de confiança, o Setor de Serviços não deve apresentar desempenho semelhante ao observado em 2021, a despeito de visualizarmos espaço para recuperação parcial de alguns subgrupos que ainda estão abaixo do patamar pré-pandemia.”