As ações ordinárias da Via Varejo (VVAR3) podem continuar subindo, mesmo depois da forte alta dos últimos meses, aponta o Credit Suisse. A melhora da eficiência no varejo online e reestruturação da estratégia contribuem para essa expectativa, de acordo com a instituição financeira.
Em meados de 2019, quando a família Klein retornou ao comando da varejista, os papéis ON atingiram nesta sexta-feira (22) R$ 16,64, um rali de 136% em sete meses. As informações são do portal Seu Dinheiro.
O papel estava deixado de lado, devido a grande desconfiança por parte dos investidores. Mas, o Credit Suisse acredita que ação possa se valorizar muito mais.
Os analistas Victor Saragiotto e Pedro Pinto mencionaram a Via Varejo como uma fênix renascendo das cinzas. O banco, subiu o preço-alvo da ação em 12 meses de R$ 7,00 para 21,00. Ainda, enxerga um avanço de 26,2% para os papéis até fevereiro do próximo ano.
A varejista detém a melhor performance do Ibovespa em 2020. Desde o início do ano, os papéis da companhia já tiveram alta de 48,97%, enquanto, o índice acumula queda de 1,70% no ano.
Em 2019, a Via Varejo fico para trás na disputa do e-commerce com seus pares Magazine Luiza e B2W por falta de foco em sua estratégia digital.
Segundo os analistas do banco, Roberto Fulcherberguer, presidente da varejista é amplamente qualificado para liderar a companhia, “considerando sua enorme experiência na gestão da Casas Bahia e longa presença no conselho o de administração da Via Varejo”.
No que tange a operação, o sistema de e-commerce passou por melhorias e modernização, as lojas físicas estão sendo reformadas, o relacionamento com investidores tem sido priorizado e os serviços de entregas estão mais ágeis e eficientes.
Portanto, o banco está otimista com os próximos resultados da varejista.
Expectativas
Para os analistas do Credit Suisse, o balanço do último trimestre 2019 deve indicar melhora na rentabilidade, com crescimento no Ebitda, nas margem bruta e nas vendas do e-commerce.
Somente na Black Friday, a Via Varejo faturou R$ 1,1 bilhão, enquanto no 3º trimestre do ano passado, a varejista faturou R$ 6,5 bilhões. O resultado obtido na sexta-feira negra, serviu para aumentar as expectativas com a empresa.
Apesar da melhora operacional, o resultado último trimestre deve ser impactado por eventos não-recorrentes, principalmente pelos ajuste de R$ 1,4 bilhão relativos a uma fraude contábil, tal evento não diminui a animação do mercado.
Mas, apesar desses sinais de avanço no lado operacional, o Credit Suisse ressalta que os números da Via Varejo devem ser afetados por eventos não-recorrentes, em especial os ajustes de R$ 1,4 bilhão referentes a uma fraude contábil — um problema que não reduz a empolgação do mercado.
Segundo o Credit Suisse, a varejista deve terminar o trimestre com lucro líquido ajustado de 50 milhões, cifra superior aos R$ 10 milhões reportados no mesmo período do ano anterior. Já a receita líquida ficará esta´vel, em R$ 7,48 bilhões e o Ebitda crescerá 25,1%, para R$ 344 milhões.