Segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 46 milhões de pessoas no Brasil têm algum tipo de deficiência. Se apenas os tipos mais graves (visual, auditivo e de membros) são considerados, existem cerca de 13 milhões de pessoas. Isso corresponde a 6,68% da população do país, sendo que, provavelmente esse público pode frequentar locais comerciais e de lazer. As informações são do SEBRAE.
Inclusão não é moda, é responsabilidade da empresa e também é um requisito para clientes cada vez mais cuidadosos. No mundo dos negócios, fornecer acessibilidade pode ser uma vantagem competitiva e também é uma obrigação legal. Portanto, é essencial que sua empresa entenda as necessidades do público e esteja preparada para atendê-la adequadamente e ainda tornará seus negócios mais inclusivos. Veja abaixo cinco dicas para ajudar mais e melhor a atender as pessoas com deficiência:
1. Acompanhamento
Pergunte às pessoas com deficiência qual a melhor maneira de atendê-las. Dessa forma, você evita possíveis restrições. Fique perto, mas sempre respeite a autonomia do seu cliente – o mais importante é que a pessoa se sinta confortável e segura.
2. Deficiência visual
Seja objetivo ao acompanhar um cliente cego ao dar instruções. Ofereça seu braço ou ombro. Vá na frente da pessoa. Não deixe que eles falem sozinhos, falem em seu tom normal. Instrua a todos os funcionários da empresa que esses animais são permitidos em qualquer local (exceto UTIs e Centro de Queimados). Cães-guia são responsáveis por orientar seus donos, portanto, não os distraia com abraços e brincadeiras. O direito de acompanhamento por um cão-guia foi oficialmente instituído em 2005, por meio da Lei no. 11.126.
Nos restaurantes, coloque o copo de um lado e a garrafa do outro. Sempre informe ao cliente onde estão os pedidos na mesa. Sirva as refeições em um prato em forma de relógio. Peça aos garçons que se identifiquem e deixe claro que eles estão lá para ajudar.
3. Deficiência auditiva
O Decreto nº 5.296 / 2004 regulamenta a lei nº. 10.048 e no. 10.098, ambos a partir do ano 2000, no qual obriga lugares públicos a oferecer serviços de apoio a pessoas com deficiência auditiva, como intérpretes ou pessoas capacitadas em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Se não for possível ter um intérprete no local, tente falar devagar e com uma voz normal. É assim que as pessoas surdas podem ler os lábios. Se necessário, ofereça papel e caneta para facilitar a comunicação.
Além da constituição, que também garante o direito de ir e vir, as pessoas com deficiência são protegidas pela lei de acessibilidade por leis específicas que garantem seus direitos na sociedade. A Lei Federal nº 10.098 / 2000 especifica regras gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade. Sob as obrigações desta lei, é estipulado que banheiros sejam acessíveis, com equipamentos e acessórios, como a barra de apoio, para serem utilizados por pessoas com deficiência.
4. Deficiência física
Ajustar a estrutura da sua empresa é essencial para acomodar pessoas com deficiências físicas. Existem muitos ajustes. Verifique se não há degraus nem espaço para circulação entre mesas e cadeiras. Observe também os requisitos para acessórios e corrimãos nos banheiros. Também instrua os funcionários fiquem de frente e no mesmo nível do olhar dos cadeirantes quando forem atendê-los. Acompanhe pessoas com mobilidade reduzida. Se você acha que eles estão tendo problemas, ofereça ajuda e pergunte como fazê-lo.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou a norma brasileira 9.050 / 2004 em 2004, sendo um dos do Decreto nº 5.296/2004. Entre as normas de acessibilidade legitimadas, os restaurantes devem oferecer mesas acessíveis a cadeiras de rodas (recomenda-se que pelo menos 5% das mesas de jantar sejam acessíveis – pelo menos uma é necessária), balcões de atendimento com altura adequada e um menu em Braille.
5. Segurança
As pessoas com deficiência precisam de prioridade e cuidados em caso de emergência e é importante que os funcionários da empresa saibam como agir adequadamente nessas ocasiões. Além disso, todas as instalações devem ter uma estrutura de sinal adequada para pessoas que usam muletas e outros equipamentos auxiliares. São indicações sobre desníveis no ambiente e/ou sinalização tátil e em casos de emergência ou perigo, emita um sinal sonoro para os deficientes visuais.
Um edifício sem barreiras também é um edifício seguro. A adesão às regras de acessibilidade garante que suas instalações sejam seguras para todos com ou sem deficiências.