O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou na quarta (27) projeto de lei aprovado pelo Congresso americano em apoio aos manifestantes em Hong Kong.
“Eu assinei essa lei em respeito ao presidente Xi [Jinping], à China e à população de Hong Kong”, escreveu o republicano, em um documento divulgado pela Casa Branca.
A lei “está sendo promulgada na esperança de que os líderes e representantes da China e de Hong Kong possam resolver amigavelmente suas diferenças, levando a paz e a prosperidade a longo prazo para todos”, acrescentou Trump.
China e Hong Kong criticam projeto de lei
Logo após a aprovação no Congresso americano, os governos da China e de Hong Kong criticaram o projeto de lei. O Ministério das Relações Exteriores da China disse que os EUA têm “intenções sinistras” e sua “conspiração” está “fadada ao fracasso”.
O vice-ministro de Relações Exteriores da China, Zheng Zeguang, já havia dito no último dia 25 que os EUA iriam “arcar com todas as consequências que surgirem” caso a lei fosse sancionada por Trump.
Na quarta, Trump afirmou que as conversas para a conclusão da chamada “fase 1” do acordo comercial entre os dois países estava “indo muito bem”, mas ponderou que os EUA estavam observando os desdobramentos dos protestos pró-democracia em Hong Kong.
Entre os investidores, a preocupação é de que este episódio possa prejudicar a conclusão da primeira fase do acordo comercial sino americano, que têm feito os mercados subirem ao longo desta semana.
Nova fase do acordo
Foi divulgado na terça (27) que a nova fase, a número um, do acordo comercial envolvendo Estados Unidos e China, que se arrasta há quase um ano e meio sem sucesso, ficou mais próxima de ser concretizada.
Negociadores dos dois países conversaram por telefone e, segundo o Ministério do Comércio chinês, “ficaram mais perto de um entendimento comum para resolver os problemas relevantes”.
Liu He, vice-premiê chinês, conversou com o representante de Comércio do norte-americano, Robert Lighthizer, e com o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e todos concordaram em manter a comunicação sobre os assuntos restantes aberta.
As novas conversas acontecem perto do prazo estipulado para o aumento das tarifas comerciais nas negociações entre os dois países, marcado para o dia 15 de dezembro.
Para assinar o acordo, a China deseja a suspensão de todas as novas taxas, enquanto o lado norte-americano diz que tal condição não será atendida, mas que “as conversas estão indo bem”.
Acordo em 2019?
Segundo Robert O’Brien, conselheiro de segurança nacional do governo norte-americano, pode ter sua primeira fase concluída ainda em 2019.
“Esperávamos ter um acordo (de fase um) até o final do ano. Ainda acho possível”, comentou O’Brien, durante uma conferência de segurança realizada neste fim de semana em Halifax.
O membro do governo de Donald Trump, no entanto, fez um alerta preocupante. “Não vamos fechar os olhos para o queestá acontecendo em Hong Kong ou no Mar do Sul da China ou em outras áreas do mundo onde estamos preocupados com as atividades da China”.
Na sexta-feira, Trump havia dito ao presidente chinês, Xi Jinping, que a repressão sobre os protestos de Hong Kong na luta pela democracia poderia causar impacto negativo nas tratativas do acordo, que já ocorrem há quase um ano e meio.
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