O ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve nesta quarta-feira (19) em uma solenidade de sanção de programas de ajuda para micro, pequenas e médias empresas.
No discurso, ele afirmou que o teto federal de gastos será vital enquanto não forem feitas reformas estruturais na economia brasileira.
Disse ainda que poderá ser necessário travar o piso de gastos obrigatórios para que o governo possa retomar a capacidade de investimentos.
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Promessa de seriedade
“O teto sem as paredes, com o piso subindo, é uma questão de tempo. Então vai ter um momento em que nós vamos ter que superar isso e travar o piso, recuperando o espaço para os investimentos públicos e para as decisões corretas”, diz Guedes.
“Enquanto isso não houver, o teto é indispensável. É como se fosse uma promessa de seriedade na condução dos orçamentos públicos”, declarou o ministro.
Para o ministro, o teto e as reformas estruturais são indispensáveis para que o Brasil alcance uma trajetória de crescimento sustentável a partir de 2021.
Segundo ele, as medidas de estímulo ao crédito, aliadas à retomada das exportações e à recuperação da construção civil podem ser executadas paralelamente ao aprofundamento das reformas.
Confiança em Jair Bolsonaro
Em seu discurso, o ministro reafirmou a proximidade com o presidente Jair Bolsonaro, indicando a confiança mútua entre os dois.
“Desde que eu conheci o presidente, eu confiei. Ele não me faltou a confiança nunca, e eu espero também não ter faltado em nenhum momento. Nós estamos juntos”, declarou.
Guedes ressaltou que o tempo das reformas corresponde à política e que quem tem os votos é o presidente.
Disse que medidas como o auxílio emergencial, o saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o estímulo ao crédito para empresas de menor porte darão ignição para que a economia reaja até o fim do ano.
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A partir de 2021, no entanto, a preocupação com as contas públicas deve ser retomada.
Em abril, o secretário-executivo de Guedes, Marcelo Guaranys, havia comentado que não é contra ao gasto público, mas sim contra o mau uso do dinheiro público.
“Tudo isso agora está empurrando a economia neste final de ano, e nós esperamos ir aprofundando as reformas. De forma que o Brasil, já olhando para o ano seguinte, está de volta no trilho do desenvolvimento sustentável, que é onde estávamos antes”, comentou o ministro.
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