Com o cenário de juros elevados no Brasil, muitos investidores estão se perguntando qual a melhor opção para alocar seus recursos: títulos do Tesouro Direto, como o Tesouro IPCA+ com retornos de 6% acima da inflação, ou Fundos Imobiliários (FIIs).
Embora ambos os investimentos ofereçam oportunidades atrativas, a melhor resposta para essa dúvida é: por que não os dois? Diversificar entre essas duas classes de ativos pode ser uma estratégia eficiente para equilibrar riscos e melhorar o retorno a longo prazo.
Tesouro Direto x Fundos Imobiliários: oportunidades
Com a Selic em patamares altos, os títulos públicos indexados à inflação, como o Tesouro IPCA+, se tornaram extremamente atrativos. Eles oferecem uma taxa de retorno real – ou seja, acima da inflação –, garantindo proteção contra a perda de poder de compra ao longo do tempo.
O retorno de IPCA+6% anual, disponível no mercado, é considerado excelente, uma vez que oferece ao investidor uma rentabilidade previsível e segura, ideal para aqueles que buscam menor volatilidade e segurança. Soma-se a isso o fato de que, historicamente, esse retorno foi alcançado pouquíssima vezes.
Outro ponto favorável dos títulos públicos é a garantia do governo federal, que os torna um dos investimentos mais seguros do país. Além disso, o Tesouro Direto permite investimentos com quantias menores, o que o torna acessível para todos os perfis de investidores.
No entanto, mesmo com esse atrativo retorno, a previsibilidade e a segurança têm um custo: em um possível cenário futuro de queda de juros, esses títulos podem perder um pouco de sua atratividade em termos de rentabilidade líquida. É aí que a diversificação pode ser uma vantagem.
- Leia também: Tesouro NTN-B: saiba tudo sobre
- Hora de comprar NTN-B: entenda como se negocia o título no mercado secundário
Mercado secundário: entenda o que é e como investir com suporte da EQI
Fundos Imobiliários: renda e valorização patrimonial
Os Fundos Imobiliários, por outro lado, oferecem uma oportunidade diferente. Ao comprar cotas de FIIs, o investidor passa a receber rendimentos mensais isentos de imposto de renda – o que é um ponto positivo em comparação ao Tesouro Direto, que é tributado. Esses rendimentos, que muitas vezes têm origem no aluguel de imóveis, tendem a ser relativamente estáveis, fornecendo uma fonte de renda passiva.
Além disso, com alta dos juros, muitos bons FIIs encontram-se, hoje, descontados, configurando uma boa oportunidade de compra.
Os FIIs apresentam o potencial de valorização das cotas no longo prazo, especialmente em um ciclo econômico de queda nos juros. Quando a Selic começa a recuar, os preços dos FIIs, muitas vezes pressionados pelo alto custo do crédito, tendem a subir, oferecendo uma janela de ganho de capital.
Entretanto, os FIIs são mais expostos a riscos de mercado. Seus rendimentos e cotações podem variar de acordo com a saúde econômica, vacância de imóveis, inadimplência dos inquilinos e alterações no cenário macroeconômico, como a própria taxa de juros. Isso significa que, embora os FIIs possam oferecer uma maior possibilidade de ganho, também trazem mais volatilidade e imprevisibilidade do que o Tesouro Direto.
A importância da diversificação
O grande trunfo para o investidor em momentos de incerteza, como o atual cenário de juros elevados, é a diversificação.
Ao manter uma carteira com ambos os ativos – Tesouro IPCA+ e FIIs, além de outros ativos que podem compor o portfólio – o investidor consegue equilibrar o risco e potencializar o retorno.
O Tesouro Direto proporciona segurança e previsibilidade, enquanto os fundos imobiliários oferecem a possibilidade de rendimentos recorrentes e valorização.
Além disso, esses ativos são relativamente descorrelacionados. Enquanto os títulos públicos tendem a performar bem em cenários de alta de juros, os fundos imobiliários podem apresentar ganhos mais significativos quando a taxa Selic começa a cair. Esse comportamento inverso ajuda a suavizar as oscilações da carteira, protegendo o investidor das incertezas do mercado.
Portanto, o cenário ideal para o investidor é considerar uma alocação equilibrada entre os dois tipos de investimento, ajustando o peso de cada ativo de acordo com o perfil de risco, horizonte de tempo e objetivos financeiros. Em vez de tentar adivinhar o “melhor” investimento do momento, o foco deve ser construir uma carteira resiliente, capaz de performar em diferentes cenários econômicos.
Quer investir de forma diversificada e com assertividade? Fale com a equipe da EQI Investimentos e monte uma estratégia personalizada!
Você leu sobre Fundos Imobiliários e Tesouro IPCA+6%. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!