As taxas dos títulos do Tesouro Direto registram nova redução nesta terça-feira (26) em relação ao fechamento de ontem. Todos os títulos estão com rentabilidade menor.
Com relação aos papéis atrelados à inflação, o IPCA+ 2026 recuou de 2,87% ao ano para 2,78%.
O IPCA+ 2035 e 2045 estão sendo oferecidos hoje a 4,11% contra 4,17% ontem.
Os títulos que remuneram pelo IPCA com vencimento em 2030, 2040 e 2055 e pagam juros semestrais estão com taxas de 3,42%, 4,04% e 4,23% respectivamente, contra 3,53%, 4,12% e 4,30%.
Vale lembrar que as taxas são somadas à variação do IPCA no período.
Tesouro prefixado
Da mesma forma, os títulos prefixados tem taxas menores hoje. O papel com vencimento em 2023 paga 4,27%, contra 4,35% ontem, e com vencimento em 2026 tem taxa de 6,58%, contra 6,68% ontem.
Os prefixados 2031 com juros semestrais estavam remunerando ontem 7,27% e hoje estão em 7,16%.
Tesouro Selic
O Tesouro Selic 2025 se mantém inalterado, pagando a taxa de juros mais 0,03% ao ano.
Os preços mínimos de investimento do Tesouro Direto começam em R$ 36,16 (IPCA+ 2035) e vão até R$ 106,12 (Tesouro Selic).
Veja a tabela completa:
Fonte: Tesouro Direto
Cenário
A variação para baixo das taxas de juros dos títulos acompanha o momento de maior otimismo e menor tensão dos mercados.
No cenário externo, investidores se mostram animados com a saída da quarentena de alguns países e novos testes de vacinas contra a Covid-19.
No cenário interno, houve uma melhora da tensão política, após a divulgação do vídeo da reunião do dia 22 de abril, que por ora afastou o risco de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
Isso não quer dizer que o ambiente é de tranquilidade. Hoje o empresário Paulo Marinho, ex-aliado da família Bolsonaro, presta novo depoimento no processo sobre eventual tentativa de influência do presidente na Polícia Federal.
Nesta manhã, uma operação também da PF cumpre mandados de busca e apreensão na casa do governador Wilson Witzel, do Rio.
A prévia da inflação oficial do Brasil, o IPCA-15, divulgado hoje, mostrou uma deflação de 0,59% em maio, a maior queda desde o início do Plano Real, o que dá uma clara sinalização dos resultados da paralisação da economia causada pela pandemia e da desaceleração do consumo.