A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) divulgou nesta quinta-feira que a soja, pelo sexto ano seguido, será o grande destaque das exportações do País.
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De acordo com o órgão, o grão é o primeiro colocado da lista que tem as commodities como destaques no top 10.
Até a terceira semana de julho, as exportações de soja já haviam alcançado 66,5 milhões de toneladas no ano.
A projeção total para 2020 feita anteriormente era de 78,5 milhões de toneladas, número que pode ser batido já nas próximas safras.
Petróleo e minério de ferro “na cola” da soja
Além da soja, outras commodities que foram bastante exportadas e beneficiadas pela queda dos manufaturados foram o petróleo e o minério de ferro.
De acordo com a AEB, as exportações de petróleo totalizam no ano 41,6 milhões de toneladas.
Os embarques de minério de ferro, por sua vez, também estão altos, e somam 166 milhões de toneladas no período.
Assim como no caso da soja, os embarques destas duas commodities têm a China como principal destino, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Receita deve recuar
Apesar do bom desempenho da soja, do minério de ferro e do petróleo, a receita com as exportações de produtos básicos no Brasil deve recuar em 2020.
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As projeções apontam para uma retração de 7,2% em relação a 2019, com o total chegando a US$ 109,65 bilhões.
As previsões anteriores da AEB, antes da pandemia de coronavírus, eram de que os números alcançariam a casa dos US$ 116 bilhões no ano.
“Apesar de fortes oscilações de preços e quantum dos três principais produtos da pauta de exportação, soja, petróleo e minério de ferro aumentarão sua representatividade para 34%, beneficiadas pela queda dos manufaturados”, afirmou a AEB.
Manufaturados
A AEB também divulgou a previsão para as exportações de manufaturados.
Segundo o órgão, foram projetados embarques de US$ 56,3 bilhões, nível que leva o País de volta ao patamar de 2004.
Somando-se todas as exportações brasileiras, os números devem atingir US$ 192,72 bilhões, o que representaria uma queda de 14% na comparação anual e de 11,3% em relação às estimativas da AEB ao final do ano passado.
As importações, por sua vez, tendem a somar US$ 145,25 bilhões, recuo de 18,1% no ano a ano e de 24% ante as projeções iniciais.
“O superávit comercial projetado para o Brasil em 2020 (de 47,47 bilhões de dólares) será triplamente negativo, pois será obtido com queda das exportações, das importações e na corrente de comércio, com geração de redução da atividade econômica”, afirmou a entidade.






