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Small Caps: setores de petróleo e tecnologia estão em alta

Small Caps: setores de petróleo e tecnologia estão em alta

De forma geral, small caps é um assunto que desperta muito interesse no mercado. Afinal, o investidor está sempre em busca daquelas empresas em crescimento, com potencial para rentabilizar bem a carteira.

Para falar sobre o assunto, especificamente sobre small caps dos setores de petróleo e tecnologia, a quinta edição da Money Week recebeu Hugo Queiroz, gestor e estrategista-chefe do TC Matrix, e Max Bohm, head em small caps do TC.

A seguir, confira alguns dos principais pontos dessa conversa. Para assistir a este e todos os painéis da Money Week na íntegra, clique aqui e faça seu cadastro. 

Small Caps: petróleo e tecnologia em alta

Nos últimos anos, com o aumento de investidores na bolsa, cresceu também a busca pelas small caps com maior potencial de valorização. Isso porque todo investidor deseja acompanhar desde o início aquelas empresas que podem, de fato, fazer a diferença na carteira em termos de ganhos.

Para Max, nem poderia ser diferente. “Recentemente, vimos investidores que ganharam muito dinheiro com empresas que chegaram a mais de três dígitos de valorização. Nesse sentido, alguns exemplos são Magazine Luiza e PetroRio. Isso tudo anima muito o mercado, e small caps é o melhor caminho para tentar capturar esses ganhos desde o início da valorização da ação”, afirma.

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Cenário de petróleo e gás

Mesmo com o crescimento dos investimentos ESG e a maior demanda por energia limpa no mundo, o setor de petróleo e gás continua apresentando forte desempenho.

Segundo Max, a temática ESG é algo que veio para ficar, e a tendência é de que empresas e investidores cada vez mais fiquem mais atentos a isso. Porém, esse ainda é um longo caminho a percorrer.

“Logicamente, veremos carros elétricos mais disseminados pelos países, assim como energia solar e eólica, por exemplo. No entanto, se olharmos para um horizonte de 10 anos, petróleo e gás continuarão sendo matrizes energéticas importantes para o mundo. É por isso que vemos esse setor com potencial grande de valorização. Principalmente quando falamos das empresas menores, que chegaram na bolsa mais recentemente.”

Nesse sentido, Bohm cita duas empresas especificamente: a 3R Petroleum e a PetroRecôncavo. Ambas operam campos maduros, que eram da Petrobras e que estão sendo vendidos no programa de desinvestimento do governo.

“Com o petróleo acima de US$ 80 e com o trabalho dessas empresas no sentido de melhorar a eficiência operacional, pode-se extrair bons resultados desses ativos. Além disso, não podemos esquecer que, em breve, entraremos em uma fase de maior demanda pela commodity, que é o inverno europeu. Isso tende a manter o preço do petróleo alto, ao menos por mais alguns meses”, diz o gestor.

Hugo Queiroz também compartilha da opinião de Max, e acrescenta: “Em relação ao ESG, ainda temos um grande caminho a trilhar no Brasil. Isso porque a construção de uma cadeia de energia limpa ainda precisa de muitos investimentos por aqui, o que ainda vai demorar para acontecer.”

Cenário de tecnologia

Para Max, o primeiro ponto a esclarecer é a diferença que existe entre as empresas de tecnologia.

“Quando observamos os mercados das techs, percebemos que há várias diferenças entre eles. Nesse sentido, há alguns com muito potencial de crescimento, outros bem pulverizados, outros mais concentrados. Por isso, devem ser feitas análises diferentes. Nos últimos tempos, foram feitos muitos IPOs (ofertas iniciais de ações em bolsa) de empresas de tecnologia. Porém, é importante separar o joio do trigo, para que se possa avaliar onde está o real potencial de ganho”, diz Bohm.

Max dá o exemplo da Sinquia, empresa de software para o setor financeiro. Isso porque a empresa é líder de marcado com apenas 7% de market share. Ou seja, há um grande espaço para que possa crescer e ainda permanecer na liderança, pois este é um mercado bastante pulverizado.

Por outro lado, existem empresas líderes que vieram para a bolsa, mas já possuem um share muito maior. É o caso da ClearSale e da Neogrid, por exemplo, que já detêm quase 80% dos respectivos mercados. Nesse caso, o desafio de crescimento é muito maior. Para Max, essas empresas precisarão encontrar novos nichos para que possam de fato expandir. Isso envolve, entre outros aspectos, capacidade para poder investir ou realizar aquisições no mercado.

Sobre isso, Queiroz observa ainda o risco de execução das estratégias de crescimento, ao qual estão expostas todas as empresas que planejam investir na atividade. Por isso, é fundamental avaliar bem o setor de tecnologia para saber quais as small caps que realmente valem a pena.