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Site de transportadora logística expõe dados de clientes

Site de transportadora logística expõe dados de clientes

A Direct, uma das maiores operadoras logísticas de ecommerce do país, exibe informações de clientes de lojas que vendem pelo e-commerce, como Americanas e Amazon.

Dessa forma, é possível saber informações de qualquer pessoa relacionadas a compras onlines como: data da compra, valor pago, quem recebeu a encomenda e quando recebeu. Basta para isso, ter em mãos o CPF e o CEP.

O site acumula dados de consumidores há, pelo menos, cinco anos. Dessa forma, aqueles que efetuaram compras nas Americanas online e na Amazon – que cessou contrato com a Direct em 2018 –  podem estar com histórico de compras exposto na página da empresa.

A prática é considerada ilegal. Conforme especialistas, a exposição viola o Código de Defesa do Consumidor (CDC) porque traz risco aos clientes.

O artigo 14 do CDC também determina que o fornecedores de serviços podem responder, “independentemente da existência de culpa”, pela reparação dos danos causados aos consumidores.

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Vale destacar que os consumidores cujo nomes foram expostos podem solicitar junto às empresas a exclusão dos dados disponíveis. Sendo que em caso de prejuízo ou uso indevido, é possível pedir indenização por danos morais.

Pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrará em vigor a partir de agosto de 2020, a empresa provavelmente seria penalizada pelos órgãos reguladores, assim como os lojistas.

“Um dos princípios da LGPD diz que todos produtos tenham desde o princípio a segurança. Não se deve expor dados desnecessários e nem seria preciso guardar dados do tipo por mais de 90 dias”, diz Adriano Mendes, advogado especialista em proteção de dados do escritório Assis e Mendes.

A LGPD tem um capítulo específico sobre a responsabilidade civil que remete ao Código do Consumidor. Segue a lógica de que, via de regra, é uma responsabilidade solidária aos entes da cadeia de tratamento do dado.

Nesse caso, clientes de lojistas que contrataram a Direct poderiam ser indenizados por danos morais e/ou materiais e o site poderia ficar seis meses com a atividade de tratamento de dados suspensa.

Procurada, a empresa diz que “as informações disponibilizadas no site da Direct são para consulta exclusiva dos clientes, que somente podem acessá-las por meio do preenchimento correto dos seus dados”.