Bruno Funchal, que assumiu a secretaria do Tesouro no lugar de Mansueto Almeida, mostrou confiança em ver o País se recuperar do caos após a pandemia.
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Durante evento organizado pela XP Investimentos, Funchal assegurou que a agenda de consolidação fiscal traçada para 2020 voltará, e que isso contribuirá para a confiança dos investidores na economia brasileira.
“Teremos um resultado fiscal bastante deficitário neste ano, mas é temporário. Após a pandemia, a agenda de controle de despesa e flexibilidade orçamentária voltará”, assegurou.
“Com controle fiscal e agenda de crescimento, conseguimos controlar a relação dívida/PIB”, complementou o secretário.
Juros menores são a chave para Funchal
O secretário também afirmou que a ideia de buscar a consolidação fiscal tem como ponto-chave os juros baixos.
Além disso, defendeu a redução da carga tributária na reforma que, para ele, será fundamental para a geração de novos empregos no segundo semestre.
“Não há política social melhor que economia que gere emprego”, completou.
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Ajustar o foco
Em demonstração de sintonia com outros membros do governo, de que o Brasil “não precisa gastar mais, mas gastar melhor”, Bruno Funchal também abordou em sua participação o quanto o País dispende em proteção social.
Na visão do novo Secretário do Tesouro, o Brasil já gasta acima da média com proteção social e precisa focalizar suas despesas em vez de elevá-las.
“Na proteção social, o problema não é volume de gasto, mas focalização”, resumiu.
De acordo com informações do Tesouro, publicadas pelo Estadão/Broadcast, o Brasil gasta 12,8% do PIB com proteção social.
Esse percentual coloca o País em patamar semelhante ao de países desenvolvidos, casos de Dinamarca ou Reino Unido.
O percentual é também o dobro da média de 6% do PIB verificada em um grupo de 48 outros países.
Esses dois pontos fizeram Funchal ter a certeza de que é preciso debater de forma aprofundada a qualidade desses gastos.
“Pelo lado da receita, o Brasil é um dos países que mais tributam”, disse Funchal. “Não é momento de discutir alta em carga tributária para dar lastro a mais despesa.”
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Dívida bruta x PIB
A projeção da relação entre a dívida bruta e o PIB brasileiro para 2020 é que, por conta da pandemia, ela encerre 2020 em 98,2% do PIB, após fechar 2019 em 75,8% do PIB.
Na visão do secretário, esse número deverá ficar estável ao longo dos próximos anos, muito por conta do cenário de juros baixos que impera no País.
A expectativa de crescimento e de retomada, segundo Funchal, apontam para estimativas de um patamar menor nessa relação a partir de 2025.
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