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Saúde e varejo vão se reinventar com tecnologia, diz Tarzia, da Neo

Saúde e varejo vão se reinventar com tecnologia, diz Tarzia, da Neo

Sócio da Neo Investimentos, Matheus Tarzia diz acreditar que o segmento de saúde e varejo vão, inevitavelmente, se reinventar com tecnologia durante e depois da crise.

Para Tarzia, cada colapso é único, mas todos têm algo em comum: eles acabam. Também costumam empurrar os agentes econômicos para fora da zona de conforto.

Dentro do portfólio que administra, ele destacou o grupo Fleury Medicina e Saúde, que já tem uma plataforma de telemedicina à disposição dos clientes, agora em fase de ajustes.

“A Hapvida vai na mesma linha, com plataforma de telemedicina, aproveitando, inclusive, uma lei provisória que autoriza esse tipo de atendimento durante a pandemia”, disse.

Segundo Tarzia, a tendência é que esses recursos, hoje provisórios, se tornem permanentes, reinventando parte do segmento.

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Tarzia conversou com Roberto Varaschin e Elias Wiggers, sócios da EQI Investimentos.

Tarzia: tecnologia aplicada

Conforme Tarzia, o balanço das companhias de varejo no primeiro trimestre de 2020 já mostrou a força da tecnologia aplicada à atividade-fim destas organizações.

Muitas delas tiveram prejuízos operacionais menores do que o mercado esperava porque conseguiram manter as atividades no ambiente digital, por meio de aplicativos e plataformas.

Tarzia destacou que a Neo tinha interesse em adquirir Magazine Luiza, e aproveitou a queda dos papéis comprando o Magalu a R$ 30, à época. Atualmente, o valor quase dobrou.

O executivo também informou que tem Linx e Klabin no portfólio. A primeira é uma empresa de tecnologia e software. Já a segunda é produtora e exportadora de papel e celulose.

Outra companhia que foi grandemente afetada, mas deve sair da crise por ter boa gestão é a Vivara. “Eles trabalham com seis meses de estoque e, assim, vão ter folga para se manter em atividade, afetando pouco o preço e a própria operação”, frisou.

Isso porque a Vivara opera em shoppings, que estão entre os empreendimentos mais afetados pela crise. Entretanto, a Vivara deverá performar melhor do que seus pares.

Neo Investimentos

Fundada em 2003, a gestora administra R$ 4,5 bilhões alocados em quatro fundos, sendo dois de ações, um de multimercado e um de private equity.

Tarzia iniciou na carreira em 1989 e em 1997 passou para a gestão. “A Neo é uma gestora fundamentalista que se utiliza dos Bottom-up”, disse.

Bottom-up pode ser entendido como algo próximo a “de baixo para cima”. Esse tipo de estratégia parte do micro para o macro. Significa dizer, em linhas gerais, que o micro trata da empresa em si e o macro do panorama econômico que a cerca.