Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Notícias
Via Varejo (VVAR3) tem recomendação de compra; Magalu (MGLU3) neutra

Via Varejo (VVAR3) tem recomendação de compra; Magalu (MGLU3) neutra

Foi divulgado relatório recomendando a compra de Via Varejo (VVAR3) e rebaixando Magazine Luiza (MGLU3) para neutro.

A expectativa é que, no cenário pós-pandemia, o forte aumento do número de usuários ativos no canal online sustente a participação do comércio eletrônico em níveis mais elevados. Assim, estima-se um crescimento médio anual entre 2019-2025 de +21% para o mercado de e-commerce do país. Ou seja, atingindo 16% do total de vendas do varejo em 2023 (hoje é 9,5%).

“Esperamos que a receita online aumente 2,5x no período, atingindo R$ 322 bilhões em 2025. Também esperamos que a concentração do mercado avance ainda mais”, diz a análise de corretora de investimentos.

Os diferenciais competitivos entre os maiores varejistas online do país, na avaliação da corretora, têm se equilibrado. Mas o ponto de equilíbrio de curto prazo permanece incerto.

As ações das principais plataformas de e-commerce sob cobertura da corretora (Magazine Luiza, B2W e Via Varejo) valorizaram em média +84% no acumulado do ano. Isso foi suportado principalmente pela aceleração de crescimento de vendas online. Algumas dessas empresas viram sua base de MAU (usuários ativos mensais) aumentar em mais de 3X.

Publicidade
Publicidade

Assim, as empresas preferidas da corretora na cobertura de e-commerce são aquelas cujo preço atual, na opinião da corretora, oferece a maior margem de segurança (e uma relação risco-retorno mais atrativa).

Assim, fez-se três alterações:

Voltou a recomendar a compra de (VVAR3) com o preço-alvo de R$ 28 para o fim de 2020;

Rebaixou para neutro a posição sobre Magazine Luiza (MGLU3) com o preço-alvo de R$ 78 para o fim de 2020;

Atualizou o preço-alvo de Lojas Americanas (LAME4) para R$ 44 para o fim de 2020;

Atualizou o preço-alvo de B2W (BTOW3) para R$ 135 para o fim de 2020.

Via Varejo reduziu lacunas de tecnologia e logística, diz corretora de investimentos

Com relação à Via Varejo, a corretora acredita que as preocupações dos investidores em relação à liquidez de curto prazo da companhia tenham sido endereçadas, com a empresa tendo levantado R$ 4,4 bilhões em uma recente oferta subsequente e também tendo conseguindo manter suas vendas totais relativamente estáveis no 2T20 em relação ao ano anterior, apesar do fechamento das lojas.

“Embora reconheçamos que a empresa ainda tem um longo caminho a percorrer para alcançar o mesmo nível de execução no canal digital apresentado pelos seus principais concorrentes, acreditamos que a Via Varejo tenha reduzido várias lacunas relacionadas a atributos como desenvolvimento de tecnologia, logística e infraestrutura multicanal”.

Espera-se que a empresa apresente um aumento médio de vendas online de +20% ao ano entre 2020-25. E, assim, mantendo uma participação no mercado de e-commerce relativamente estável em 12%.

Magalu deve continuar a ganhar mercado

Desde o último relatório da corretora, de 29 de março, a Magazine Luiza valorizou +116%.

Na opinião dos analistas, a Magalu deve continuar ganhando participação de mercado nos próximos anos, apoiada por vantagens competitivas importantes, como o desenvolvimento robusto de tecnologia e serviços de construção e recursos de pagamento que devem impulsionar ainda mais o crescimento de GMV – em especial no marketplace.

“Esperamos que a empresa tenha um crescimento de vendas online de +28% em média ao ano entre 2020-25 e, atingindo 23,7% de participação de mercado (de 15% em 2019), além de aumentar as oportunidades de monetização”, diz corretora de investimentos.

No entanto, os analistas não conseguem justificar um potencial de valorização elevado. Eles acreditam que mesmo algumas das opcionalidades de crescimento de curto prazo da empresa já estejam refletidas os níveis atuais.

 

E-commerce deve crescer

A expectativa da corretora é que no período pós-pandemia aumente a participação do e-commerce no país em níveis mais elevados.

Algumas das principais plataformas de e-commerce viram sua base mensal de usuários ativos aumentar em 50% no comparativo com 2019. Ao mesmo tempo em que mantiveram o nível de serviço estável em relação a 2019. Usa-se como base as pontuações do “Reclame Aqui”, que permaneceram estáveis no período. Em alguns casos, até melhorou, como foi o caso do Americanas.com.

“Além disso, empresas dos mais diversos subsetores de varejo foram forçadas a rapidamente adaptar suas operações para o canal online. Isso, na nossa visão, deverá acelerar a participação do e-commerce em várias categorias, como bens de consumo e itens discricionários de menor ticket médio (vestuário, cosméticos, etc.). Além disso, essa tendência também aumentará o nível de exigência dos consumidores em relação à experiência do usuário para o setor como um todo”, diz a corretora.

Apesar disso, o curto prazo permanece incerto, de acordo com os analistas.