As gerações mais jovens estão planejando se aposentar aos 40 anos ou até antes. Como assim? Você pode estar se perguntando. Em vez de seguir o modelo tradicional, muitos estão focados em acumular patrimônio mais cedo para conquistar a independência financeira e se aposentar antes da idade convencional.
Atualmente, uma trends no TikTok aponta que os jovens da Geração Z — nascidos entre o final da década de 1990 e o início da década de 2010 — estão planejando microaposentadorias em determinados períodos da vida para aproveitar a juventude enquanto ainda são jovens.
Esse movimento também está influenciando os millennials.
Segundo uma reportagem do Estadão, essa parcela da população tem adotado essa prática para evitar o esgotamento profissional e priorizar o bem-estar.
Diferentemente da aposentadoria tradicional, as microaposentadorias consistem em pausas curtas, porém planejadas, ao longo da carreira. A ideia ganhou força entre os profissionais mais jovens, especialmente após a pandemia, que intensificou os níveis de estresse no ambiente de trabalho.
De acordo com a matéria do Estadão, estudos recentes indicam que a Geração Z é a mais estressada de todas, enquanto os millennials enfrentam altos níveis de esgotamento emocional, especialmente em cargos de gestão intermediária.
A reportagem também apresentou relatos de diversos jovens, com idades entre 25 e 40 anos, que tiraram períodos sabáticos — uma espécie de microaposentadoria — e perceberam melhorias significativas na saúde mental, além de retornarem ao trabalho com mais energia e disposição.
Inspirado nessa tendência, o portal EuQueroInvestir realizou simulações com a Calculadora Viver de Renda, desenvolvida pela EQI Research e EQI+, para estimar quanto seria necessário acumular para se aposentar aos 40 anos e sustentar um período prolongado de microaposentadoria com segurança financeira.
No cenário analisado, considerou-se um investidor que atualmente possui R$ 100 mil aplicados, pretende aportar R$ 2 mil por mês e busca uma renda mensal de R$ 7 mil durante a microaposentadoria após os 40 anos.
A Calculadora Viver de Renda considera um retorno real de 4,8% ao ano, já descontada a inflação estimada de 5%.
Confira as projeções para diferentes idades:
Início aos 20 anos
Quem começa a investir aos 20 anos conseguirá acumular um patrimônio de R$ 1.044.205 ao atingir os 40 anos. No entanto, esse valor permitirá sustentar a renda de R$ 7 mil mensais até os 56 anos, quando os recursos se esgotarão.
Início aos 25 anos
Para quem inicia os aportes aos 25 anos, o patrimônio acumulado será de R$ 720.643. Com essa reserva, o investidor poderá sustentar sua renda até os 50 anos, seis anos a menos em comparação com quem começou aos 20.
Início aos 30 anos
Aqueles que iniciam sua jornada de investimentos aos 30 anos conseguirão acumular R$ 464.230 ao completarem 40 anos. No entanto, os recursos serão suficientes apenas até os 46 anos.
Início aos 35 anos
Por fim, quem decide começar a investir apenas aos 35 anos terá um patrimônio de R$ 261.030 aos 40. Com essa reserva, a renda mensal de R$ 7 mil será sustentada até os 43 anos.
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Calculadora Viver de Renda: o que é?
A Calculadora Viver de Renda, desenvolvida pela EQI+, é uma ferramenta que ajuda a estimar quanto uma pessoa precisa acumular para garantir uma renda sustentável no futuro. Ela leva em conta fatores como patrimônio inicial, aportes mensais, retorno esperado dos investimentos, inflação e idade planejada para a aposentadoria.
Com essa calculadora, o usuário pode ajustar diferentes parâmetros para visualizar cenários variados e entender se suas metas são viáveis ou se precisam ser revisadas – seja aumentando os aportes ou estendendo o período de acumulação.
Essa ferramenta reforça a importância de um planejamento financeiro equilibrado, destacando como a relação entre poupança, tempo e expectativa de renda influencia diretamente a independência financeira.
Viver de renda: quanto mais cedo, melhor
As simulações demonstram que quanto antes o investidor começar a poupar e investir, maior será o efeito dos juros compostos, reduzindo o esforço necessário para alcançar a independência financeira.
Por outro lado, quem inicia mais tarde precisará fazer aportes mais elevados e, muitas vezes, ajustar suas expectativas em relação à renda futura ou ao tempo que o dinheiro conseguirá sustentar seu padrão de vida.
Especialistas recomendam um planejamento financeiro detalhado e disciplinado, considerando não apenas os objetivos de aposentadoria, mas também possíveis variações nas taxas de retorno, inflação e custos ao longo do tempo.
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