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Quais são os investimentos do papa? Descubra as contas do Vaticano

Quais são os investimentos do papa? Descubra as contas do Vaticano

A Igreja Católica perdeu na segunda-feira seu líder principal, o papa Francisco, aos 88 anos, chocando seguidores do mundo inteiro. Além de administrar a própria instituição – a mais antiga ainda em pleno funcionamento no mundo – o líder da igreja, que agora passará por um processo de escolha chamado Conclave, também administra os bens do Vaticano. Entre eles, encontram-se imóveis e até mesmo ações.

O patrimônio, como os imóveis de propriedade do papa, é gerido pela Administração do Patrimônio da Sé Apostólica, que em 2023, apresentou um lucro de 45,9 milhões de euros.

Os fundos administrados foram investidos em títulos internacionais, renda fixa e outros ativos financeiros. Além disso, a APSA prestou consultoria financeira e auxiliou os Dicastérios da Cúria Romana e outras entidades da Santa Sé no acesso aos mercados de capitais, buscando diversificação e mitigação de riscos.

A estratégia de investimento seguiu uma abordagem equilibrada entre risco e retorno, priorizando liquidez e prazos reduzidos diante da instabilidade econômica global, de acordo com o Vaticano.

Quantos imóveis são administrados pelo papa?

A APSA gerencia diretamente ou por meio de subsidiárias mais de cinco mil unidades imobiliárias, sendo 4.249 delas na Itália, das quais 92% estão na Província de Roma. Fora do país, há cerca de 1,2 mil propriedades sob administração em cidades como Londres, Paris, Genebra e Lausanne.

A gestão imobiliária apresentou um superávit de 35 milhões de euros, com receita operacional de 73,6 milhões de euros. A administração tem investido na modernização de processos para otimizar a locação de imóveis desocupados, reduzindo prazos para nova ocupação e ajustando valores de avaliação para refletir condições de mercado.

Atualmente, 19,2% dos imóveis da APSA são alugados a preços de mercado, enquanto 10,4% têm aluguéis subsidiados e 70,4% são ocupados sem custo de aluguel. Para aprimorar a gestão, foi implementado um novo Regulamento de Locação, que redefine direitos e deveres dos inquilinos, além da revisão do algoritmo de cálculo do valor justo dos imóveis.

Preocupação com a ética

De acordo com o presidente da APSA, além das atividades rotineiras, a administração está empenhada em aprimorar sua estrutura e processos, sempre em conformidade com os valores éticos da Igreja. Entre as iniciativas já implementadas em 2023, destacam-se a modernização do sistema de gestão imobiliária e a adoção de novas diretrizes para aquisições e contratos.

Nos próximos anos, a entidade papal pretende ajustar sua equipe administrativa para atender às novas demandas, incluindo a incorporação de imóveis geridos por outras entidades da Santa Sé. “Estamos traçando um caminho para garantir que possamos lidar de maneira eficaz com as novas responsabilidades que nos são atribuídas”, explicou o arcebispo Giordano Piccinotti, presidente da APSA.

Instituto para as Obras de Religião

Já a entidade responsável por destinar os recursos obtidos com os investimentos do papa para as obras assistenciais, está o Instituto para as Obras de Religião (IOR), que anunciou, pelo 12º ano consecutivo, a publicação de seu Relatório Anual, contendo o balanço financeiro de 2023. De acordo com o documento, a instituição registrou um resultado líquido de 30,6 milhões de euros e manteve-se entre as entidades financeiras mais sólidas do mundo em termos de capitalização e liquidez.

A Comissão de Cardeais, responsável pela supervisão do instituto, decidiu destinar 13,6 milhões de euros para obras de religião e caridade, levando em consideração a robustez dos dados financeiros apresentados. O balanço foi elaborado conforme as normas internacionais de contabilidade (IAS-IFRS) e recebeu parecer favorável da empresa de auditoria Mazars Italia S.p.A., sendo aprovado por unanimidade pelo Conselho de Superintendência do IOR.

Em 2023, o IOR obteve um crescimento expressivo em seus principais indicadores financeiros. A margem de juros aumentou 23%, a margem de intermediação teve alta de 49% e a margem de comissões subiu 31%. Além disso, a arrecadação total de clientes cresceu 4%, atingindo 5,4 bilhões de euros.

Como é escolhido o papa?

O conclave é o processo solene e reservado pelo qual a Igreja Católica escolhe seu novo papa, líder espiritual de mais de 1 bilhão de fiéis em todo o mundo. A tradição, que remonta ao século XIII, ocorre após a morte ou renúncia de um pontífice e é conduzida exclusivamente pelos cardeais com menos de 80 anos.

Realizado na Capela Sistina, no Vaticano, o conclave é marcado por um rigoroso sigilo. Os cardeais eleitores são isolados do mundo exterior até que se alcance a escolha de um novo pontífice. Nenhum deles pode ter contato com familiares, imprensa ou meios eletrônicos de comunicação durante todo o processo.

A palavra “conclave” vem do latim cum clave, que significa “com chave”, em referência ao isolamento dos cardeais. Antes do início das votações, os religiosos participam de uma missa solene, a Missa Pro Eligendo Papa, e seguem para a Capela Sistina, onde prestam juramento de confidencialidade.

Cada votação é feita por meio de cédulas escritas à mão. Para ser eleito, o novo papa precisa obter dois terços dos votos. As sessões de votação podem ocorrer até quatro vezes ao dia — duas pela manhã e duas à tarde. Após cada rodada, as cédulas são queimadas com produtos químicos que produzem fumaça preta ou branca: a fumaça preta indica que não houve consenso; a branca, que um novo papa foi escolhido.

Quando um cardeal aceita a eleição, é feita a pergunta ritual: “Aceita sua eleição como Sumo Pontífice?” Caso aceite, ele escolhe o nome papal com o qual será conhecido. Pouco depois, o novo pontífice é anunciado ao mundo com a tradicional frase: “Habemus Papam” (“Temos um Papa”).

A eleição do papa é um dos eventos mais aguardados e simbólicos da Igreja Católica, reunindo tradição, fé e um forte componente espiritual, em um dos rituais mais preservados e observados da história religiosa ocidental.

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