O site Bloomberg publicou nesta segunda-feira (25) que é possível que o dólar apresente quadro de queda nos próximos dias, estimulando a economia dos países emergentes.
Mesmo diante das tensões que envolvem os Estados Unidos e a China, os sinais de recuperação da produção, ganhos corporativos e política monetária flexível dos bancos centrais ajudam a estimular o sentimento em relação aos mercados emergentes.
Na semana anterior, impulsionados pela compra de títulos, os fluxos de portfólio para os emergentes tiveram um saldo positivo. Em 2020, de acordo com o co-diretor de receita global da Eaton Vance, o dólar fraco será a chave para o forte desempenho local dos países emergentes.
Projeção para o Brasil
De acordo com o economista Carlos Thadeu de Freitas presidente do Conselho de Administração do BNDE, o dólar deve se manter no patamar de R$ 4,00 em 2020.
Segundo Freitas, o valor do dólar está bom para o comércio exterior “Hoje, o Brasil está bem, com inflação baixa. A alta do dólar vai trazer pouca pressão inflacionária”, ele afirmou em discurso no Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), no Rio de Janeiro. “O importante é que o dólar está em uma posição muito boa e o comércio vai poder exportar bastante. Para nós do comércio exterior é muito bom. Nunca vi o dólar subir em momento fácil. Hoje, nosso país está muito bem em termos de atividade e em termos de inflação. Agora, o dólar está subindo um pouco. Acho que vai ficar em torno de R$ 4. Este ano deve chegar em R$ 4,20. No próximo ano, deve ser R$ 4, no mínimo. Virou um novo patamar”, explicou.
Além disso, Freitas não vê motivos para que o Banco Central faça intervenções no mercado de câmbio “Vender dólar para quê? O país está bem. Essa área de R$ 4 ou R$ 4,20 é muito boa para o Brasil também. Deu muita sorte, porque como hoje tem baixas taxas inflacionárias, o dólar poderia cair um pouco mais, não estar caindo é bom para o Brasil”, disse.
O economista declarou ainda que o cenário econômico encontra-se em um momento favorável “Depois de muito tempo temos um Brasil com taxas de juros mais baixas”, afirmou Freitas, acrescentando que “a expectativa hoje é muito boa em termos de perspectivas inflacionárias” e que a política de redução da Selic tem como foco a variação dos preços ao consumidor e não o câmbio. “Aquela expectativa do dólar cair mais não está acontecendo”, completou Freitas.
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