A leitura prévia de julho dos índices dos gerentes de compras (PMI na sigla em inglês) da zona do euro e do Reino Unido veio acima do projetado pelo mercado. E, agora, ultrapassa os 50 pontos, o que aponta crescimento econômico.
PMI da zona do euro
Na zona do euro, o PMI composto ficou em 54,8 pontos, acima da projeção de 51,1 e do resultado de 48,5 de junho.
O PMI industrial prévio ficou em 51,1, ante projeção de 50. No mês passado, a leitura era de 47,4 pontos.
O PMI de serviços ficou em 55,1 pontos, ante projeção de 51 e leitura prévia de 48,3.
Se confirmado o resultado até o final do mês, esta terá sido a primeira leitura de crescimento do PMI da região. E o avanço mais acentuado em dois anos, aponta o relatório.
Para Chris Williamson, economista-chefe de negócios do IHS Markit, o resultado da prévia é um “início encorajador do terceiro trimestre”.
“Os dados aumentam os sinais de que a economia deve ver uma forte recuperação após o sem precedentes colapso no segundo trimestre”, diz.
No entanto, apesar de o gráfico sugerir uma recuperação em V da economia, ele alerta para que este pode ser apenas um movimento inicial. E que será preciso fôlego extra para que um V completo se concretize.
“As empresas continuam a reduzir o número de funcionários em um grau preocupante. A demanda pode ser insuficiente para sustentar a atual melhoria”, aponta.

Reprodução/IHS Markit
Reino Unido
Já no Reino Unido, o PMI composto ficou em 57,1. O que é acima da expectativa de 51,1 e quase 10 pontos acima da leitura anterior, que foi de 47,7.
O PMI Industrial ficou em 53,6, quando a projeção era de 52. Em junho, o resultado foi de 50,1.
O PMI de Serviços ficou em 56,6 pontos, quando a previsão era de 51,5 e a prévia de 47,1.
A expansão captada pela prévia de julho é a mais rápida desde junho de 2015, segundo aponta o instituto IHS Markit.
A situação é semelhante à da zona do euro: segundo Williamson, a recuperação em forma de V é sugerida, mas não é garantida.
“Há um longo caminho a ser percorrido antes de que as perdas para a pandemia sejam totalmente recuperadas. As empresas estão mais otimistas quanto ao próximo ano, mas os novos pedidos mostram um avanço relativamente pequeno em julho. A demanda é preocupante”, afirma.

Reprodução/IHS Markit
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