De acordo com o economista Carlos Thadeu de Freitas presidente do Conselho de Administração do BNDE, o dólar deve se manter no patamar de R$ 4,00 em 2020.
Segundo Freitas, o valor do dólar está bom para o comércio exterior “Hoje, o Brasil está bem. A inflação está baixa e a alta do dólar vai trazer pouca pressão inflacionária, só um pouco. Vai sair de 3,2% para 4%. Não é nada. O importante é que o dólar está em uma posição muito boa e o comércio vai poder exportar bastante. Para nós do comércio exterior é muito bom. Nunca vi o dólar subir em momento fácil. Hoje, nosso país está muito bem em termos de atividade e em termos de inflação. Agora, o dólar está subindo um pouco. Acho que vai ficar em torno de R$ 4. Este ano deve chegar em R$ 4,20. No próximo ano, deve ser R$ 4, no mínimo. Virou um novo patamar”, disse em discurso no Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), no Rio de Janeiro.
Além disso, Freitas não vê motivos para que o Banco Central faça intervenções no mercado de câmbio “Vender dólar para quê? O país está bem. Essa área de R$ 4 ou R$ 4,20 é muito boa para o Brasil também. Deu muita sorte, porque como hoje tem baixas taxas inflacionárias, o dólar poderia cair um pouco mais, não estar caindo é bom para o Brasil”, disse.
O economista declarou ainda que o cenário econômico encontra-se em um momento favorável “Depois de muito tempo temos um Brasil com taxas de juros mais baixas”, afirmou Freitas, acrescentando que “a expectativa hoje é muito boa em termos de perspectivas inflacionárias” e que a política de redução da Selic tem como foco a variação dos preços ao consumidor e não o câmbio. “Aquela expectativa do dólar cair mais não está acontecendo”, completou Freitas.
Como o dólar influencia a economia?
A variação na cotação do dólar não atua somente sobre quem viaja ao exterior. Sendo assim, oscilações na moeda americana provocam reflexos em muitos setores da economia. Por exemplo, muitos produtos consumidos diariamente pelos brasileiro são importados. Então, quando o dólar sobe o impacto é imediato no valor do produto, que também aumenta de preço. Como consequência, uma alta generalizada nos preços pode desencadear um processo inflacionário.
Por outro lado, a alta do dólar tende a favorecer à exportação. Isso porque os exportadores nacionais vendem a mesma quantidade recebendo mais dólares por aquelas vendas.
Então, dentro deste contexto, acaba sendo um excelente negócio para os exportadores e péssimo para os importadores.
Variação do dólar em 2019
Desde a criação do Plano Real, a maior alta do dólar diante da moeda brasileira aconteceu semana passada. Na segunda feira, dia 18, a moeda americana bateu os R$4,206.
No acumulado do mês de novembro o dólar alcançou uma valorização de 4,58%. Já no ano de 2019 a alta foi de 8,24%.
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