O Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil, divulgado nesta segunda-feira (01) pela IHS Markit, caiu de 61,5 para 56,5 pontos em janeiro. As leituras do indicador acima de 50 pontos indicam aquecimento da atividade econômica.
De acordo com os dados, houve uma melhora sólida das condições operacionais no setor. Contudo, a análise atingiu seu ponto mais baixo desde junho passado. O setor perdeu o impulso de crescimento que vinha de mês a mês desde outubro de 2020.
Além disso, a criação de empregos foi reduzida significativamente, chegando ao ponto mais baixo após sete meses de expansão. Isso acontece por conta de medidas mais cautelosas das empresas em relação aos gastos.
Outro fator foi a taxa de inflação dos preços de insumos. Esta permaneceu mais acentuada do que o observado antes da pandemia de Covid-19. Consequentemente, os fabricantes brasileiros de produtos continuaram elevando as próprias tarifas, conforme apontamentos da IHS Markit.
“Embora a notícia de que o setor industrial brasileiro tenha continuado a expansão em janeiro seja bem-vinda, o fato de que o crescimento mais uma vez perdeu impulso é motivo de preocupação. O principal sinal de alerta é uma notável redução do crescimento do índice de novos pedidos, um indicador crucial do futuro das contratações e da produção”, disse Pollyanna De Lima, Diretora Econômica da IHS Markit.
O índice de novos pedidos para exportação estagnou em janeiro, interrompendo uma sequência de quatro meses de expansão. Os bens de produção foram o único segmento a registrar crescimento, apontando contrações evidentes para fabricantes de bens intermediários e de consumo.
Crescimento fraco e escassez de matéria-prima
Entretanto, apesar da queda do indicador geral, a produção industrial continuou a crescer no início de 2021. Esta levou a atual sequência de expansão ao oitavo mês. Ainda assim, o aumento mais recente foi o mais fraco desde junho passado. De acordo com a IHS Markit, essa redução está relacionada às restrições de capacidade e escassez de matéria-prima.
Além disso, em meio a relatos de escassez mundial de matéria-prima, os custos de insumos aumentaram em janeiro. A taxa de inflação caiu para o nível mais baixo em seis meses, embora tenha permanecido acentuada em relação ao registrado antes da pandemia.
Por fim, os fabricantes brasileiros mantiveram uma visão otimista de que a produção expandirá nos próximos 12 meses. Esta confiança se baseia no início da vacinação contra a Covid-19, no lançamento de novos produtos e em esforços de marketing.
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