Setores de alimentos , de higiene, e de produtos de limpeza desempenharam um papel de destaque no varejo da Black Friday deste ano.

Apesar do empurra empurra em grandes lojas varejistas, e a venda de televisores ter sido favorável, os itens como papel higiênico, xampu, tintura de cabelo, além de alimentos e bebidas alcoólicas, roubaram a cena. Formaram grandes filas, acabando com estoques em alguns pontos.

A Magalu, por exemplo, vendeu 40 mil pacotes de papel higiênico, 400 mil pilhas e 50 mil kits de cerveja na sexta. Todavia o Extra (pertencente ao Grupo Pão de Açúcar) fez as vendas com categorias como perfumaria e mercearia básica (como arroz, feijão e açúcar), crescerem mais de 30% nem relação com a data comercial do ano passado.

Produtos de higiene e de limpeza são considerados de alto valor agregado e de uso contínuo pelos consumidores. Contudo, para analistas, uma das estratégias das marcas foi atrair a atenção para esses itens no contexto econômico, que, do lado do cliente, inclui liberação de FGTS e primeira parcela do 13º salário. Já do lado das empresas, há necessidade de reaquecer as vendas sem arriscar perder lucratividade.

Desconto na Black Friday só vale se for de 40% ou mais

Apesar de ser tentador ver as palavras “desconto da Black Friday” próximo ao produto que está pensando em comprar, nem todas as promoções valem a pena. Para o professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Agostinho Pascalicchio, só compensa aproveitar as promoções se o desconto for de 40% ou mais. “Deve ser como as ofertas de liquidação de estoque. Tem que ter um desconto de, no mínimo, 40%.”.

Segundo levantamento do Zoom, site de comparação de preços, no ano passado, houve descontos perto disso (37,5%), mas também houve percentuais bem menores (12,5%). A média de desconto para as fritadeiras elétricas em 2018, por exemplo, foi de 37,51%. Fones de ouvido ficaram 27,73% mais baratos, e micro-ondas, 25,77%. Celulares e smartphones ficaram com média de desconto de 15,27%, e as TVs, com 12,55%.

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