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Não vamos avançar no teto de gastos de jeito nenhum, afirma Rodrigo Maia

Não vamos avançar no teto de gastos de jeito nenhum, afirma Rodrigo Maia

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) reafirmou que não vai pautar nenhuma proposta que flexibilize o teto de gastos.

Segundo ele, não dá para transferir para a sociedade a todo o momento a responsabilidade de resolver os problemas fiscais do país.

A afirmação foi feita em entrevista à Rádio Jovem Pan, na manhã desta quarta-feira (5).

“Não vamos avançar no teto de gastos de jeito nenhum”, afirma

Qualidade de Vida X Gastos Públicos

Para o presidente, é preciso melhorar a qualidade do serviço prestado à população e organizar os gastos públicos.

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Ele cobrou mais uma vez o encaminhamento da reforma administrativa por parte do Executivo e o avanço na tramitação do conjunto de propostas de emenda à Constituição (PECs) do Plano Mais Brasil – PEC Emergencial (186/19), PEC dos Fundos Públicos (187/19) e PEC do Pacto Federativo (188/19), que tramitam no Senado.

“O governo tem que encaminhar reforma administrativa, o governo tem que avançar nos gatilhos do teto de gastos, que está no Senado, ou permitir que a Câmara retome o debate das propostas do Pedro Paulo (PEC 438/18)”, afirmou o presidente.

E disse mais: “não vamos avançar no teto de gastos de jeito nenhum. Não dá para transferir para a sociedade a todo o momento a responsabilidade de resolver os problemas. Não quero cortar o salário de ninguém, mas os salários médios no setor público são o dobro da iniciativa privada”.

“Não vamos avançar no teto de gastos de jeito nenhum”, afirma

Reforma tributária

Maia voltou a criticar o aumento de impostos e disse, novamente, que vai votar contra a criação da CPMF. Segundo ele, é um imposto ruim porque gera distorções.

Também defendeu a unificação dos impostos de bens e serviços e ressaltou que a proposta que tramita na Câmara (PEC 45/19) vai permitir o aumento da renda e do emprego no país.

Maia explicou que é preciso organizar as narrativas e explanar corretamente os pontos positivos da reforma tributária, principalmente para o setor de bens e serviços.

“O governo trata apenas dos impostos federais e nós tratamos também dos municipais e estaduais. Então, é fácil unificar. Quanto às empresas de serviços, só 16% são atingidas, já que as demais estão no Simples. Antes da pandemia, tivemos uma reunião com grandes academias de ginásticas e quando mostramos o que seria o IBS [o novo imposto] mostramos que eles teriam uma queda de impostos de R$ 100 milhões. A unificação vai gerar aumento da renda e do emprego”, frisou.

Fake News

Rodrigo Maia defendeu ainda regras claras para chegar aos financiadores das chamadas fake news e punição para as plataformas digitais.

A proposta que combate as notícias falsas já foi aprovada pelo Senado e deve ser discutida em breve pelos deputados.

Entre outras medidas, o texto restringe o funcionamento de contas geridas por robôs, e determina a criação do Conselho de Transparência e Responsabilidade na Internet.

O projeto

O projeto institui a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet.

O texto cria medidas de combate à disseminação de conteúdo falso nas redes sociais, como Facebook e Twitter, e nos serviços de mensagens privadas, como WhatsApp e Telegram, excluindo-se serviços de uso corporativo e e-mail.

“Estamos fazendo um debate, ouvindo a sociedade, não vamos deixar ninguém de fora. A gente entende que é preciso avançar nessa regulamentação e ter regras claras para chegar nos financiadores da fake news e punir as plataformas. Os meios de comunicação têm regras e todos precisam ter regras. A Austrália tem feito um debate interessante sobre as plataformas, mas do ponto de vista da tributação. Temos que avançar nesse debate também e permitir que quem comete crime, seja punido”, defendeu Rodrigo Maia.