Chegou o dia do aguardado megaleilão do pré-sal, organizado pela Agência Nacional do Petróleo no Rio de Janeiro. O leilão de excedente da cessão onerosa, que pode render R$106 bilhões aos cofres da União, gerou expectativa depois que duas das 14 empresas habilitadas anunciaram desistência: a francesa Total e a britânica British Petroleum.
Permanecem no “quem dá mais” do pré-sal petroleiras estrangeiras da Colômbia, Noruega, Portugal, Alemanha, Malásia, Catar, EUA e China.
Com a desistência das empresas francesa e britânica, acompanhamos nos últimos dias um temor por parte dos investidores. Eles acabaram por pressionar o preço das ações da Petrobras. Estão receosos de que a companhia precise adotar estratégia mais agressiva do que se imaginava. Isso comprometeria a ideia de desalavancagem proposta pelo governo federal.
A estimativa inicial é de que o leilão dos quatro campos de exploração, na Bacia de Santos, tenha arrecadação próxima aos R$106,5 bilhões aos cofres da União. A Petrobras possui plataformas nessa área e admite interesse em manter seu direito de preferência em dois dos campos: Itapu e Búzios, o menor e o maior, respectivamente.
Somadas, a produção destas áreas do pré-sal devem chegar a 1,2 milhão de barris ao dia. A atual produção total da commoditie é de 2,9 milhões de barris ao dia.
O que resta agora é aguardar o empenho que a companhia precisará exercer e o quanto isso terá impacto no seu atual plano de redução da dívida. Espera-se, é claro, ainda o pagamento de dividendos a seus investidores.
Eletrobras
Já que o assunto dominante nesta quarta envolve uma estatal, o presidente Bolsonaro assinou nesta terça (5) projeto de lei que autoriza a privatização da Eletrobras. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, anunciou que a ideia inicial é permanecer com 40% da companhia. O governo abriria mão do poder de veto na empresa (a chamada golden share). Isso limitaria n=a proposta a participação de no máximo 10% das ações por acionista.
O projeto de lei defende a criação de uma sociedade de economia mista ou de empresa pública, mantendo sob controle da União, direta ou indiretamente, a Itaipu Binacional e a Eletronuclear
Desidratou de novo
O verbo desidratar foi bastante utilizado durante a votação da Reforma da Previdência, substituindo a palavra “derrota”. Pois a Câmara dos Deputados aprovou na última terça, justamente, uma versão desidratada do projeto de lei enviado pelo governo, que tinha por objetivo facilitar a posse e o porte de armas.
A proposta acabou restrita apenas a colecionadores, atiradores e caçadores.
A decisão não chega a surpreender o presidente do Congresso Rodrigo Maia. Ele já deixou muito claro que seu compromisso e de seus aliados é o de votar junto ao Executivo as pautas econômicas, fazendo questão de explicitar a contrariedade dos parlamentares com a obsessão do presidente para com as pautas que envolvem os costumes.
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