Em outros tempos, dia de reunião de Fed e Copom, simultaneamente, seria suficiente para movimentar o mercado, trazendo a tal volatilidade e mexendo especialmente com o mercado de juros futuros. Hoje, no entanto, o mercado estará muito mais curioso em relação ao discurso do que a decisão em si, já que as apostas, majoritariamente, apontam para a manutenção das taxas.
Como diria o ex-presidente Michel Temer: “temos que manter isso”.
Uma possível (mas improvável) sinalização de Campos Neto, de que ainda existe possibilidade de um novo corte, ainda que de menor magnitude, na próxima reunião do comitê em fevereiro, pode ser o gatilho faltante para a consolidação do Ibovespa no patamar dos 111 mil pontos.
Na ausência de apostas contrárias e contando com o eterno “diz que-me-disse” em torno da costura de um acordo entre EUA X China, o grande destaque do dia deve ser mesmo o IPO da XP na Nasdaq.
Com a elevada demanda pelos papéis da companhia, que ultrapassaram em 14 vezes a oferta, a ação foi precificada em US$ 27, valor superior ao preço do prospecto, que variava entre US$ 22 e US$ 25, o que leva a XP ao debute na Bolsa de NY sob o valor de mercado avaliado em US$14,9 bilhões ou R$61,7 bilhões.
Quem deve estar rindo à toa é o Itaú, que em maio de 2017, adquiriu 49,9% das ações da corretora, quando esta estava avaliada em R$12 bilhões e que não venderá suas participações no IPO, reduzindo para 46,1% sua participação, ficando com 32,5% do poder de voto.
Desde que se tornou sócio, em 2017, as ações da XP tiveram valorização superior a 400%, um belo trade, portanto.
O fluxo de dinheiro desta operação deve conter a alta do dólar verificada ontem, além de dar uma turbinada nos papéis do Itaú. Ontem a moeda norte-americana chegou a bater na máxima, os R$4,15 mas fechou mesmo nos R$4,14 em alta de 0,47%.
Pela manhã (09:00h) o IBGE divulga dados sobre o varejo e a expectativa é de crescimento pelo sexto mês consecutivo, podendo avançar até 0,20% (mediana) no conceito aberto, que inclui os setores de material de construção civil e o setor automotivo.
O brasileiro que torce pela volta do entendimento que aponte para a prisão após segunda instância, mal teve tempo de comemorar o projeto de lei aprovado pela CCJ no Senado, que ia nesta direção. O presidente da casa, Davi Alcolumbre, tratou de tirar o cavalinho da chuva, afirmando que não votará o projeto na casa, aguardando pelo projeto da Câmara, com a qual firmou acordo.
Com Filipe Teixeira, da Wizir.
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