O Produto Interno Bruto (PIB) apontou crescimento de 0,7% em maio, na comparação com abril, de acordo com o Monitor do PIB divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (15).
No entanto, apesar da melhora, o trimestre móvel teve recuo de 10,5% da atividade econômica na comparação com o mesmo período do ano passado.
Na comparação com maio de 2019, a retração econômica é de 13,3%. Na comparação anual do trimestre findo em maio, a queda é de 9,4%.
O resultado de 0,7% de maio marca a primeira variação positiva após duas retrações seguidas – de 9,3% em abril e de 5,3 em março.
“Os principais componentes do PIB mostram que as fortes retrações ocasionadas pelo isolamento social foram concentradas em março e abril. Em maio, as três grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços) cresceram, assim como os principais componentes da demanda (consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo)”, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB.
Mas ele ressalta que ainda é cedo para afirmar que o resultado indica uma retomada da economia. “Ainda falta muito para a economia recuperar a enorme perda acumulada de 13,9% registrada nos meses de março a abril deste ano”, diz.
Em termos monetários, o PIB em valores correntes foi de aproximadamente 2,906 trilhões no acumulado do ano até maio.
Reprodução/FGV
Monitor do PIB: consumo das famílias
O consumo das famílias caiu 10,1% no trimestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O consumo de serviços explica praticamente metade dessa retração.
Destaque para consumo de saúde privada e de alojamento e alimentação. O consumo de produtos não duráveis é o único a apresentar variação praticamente estável (-0,1%).
Formação bruta de capital fixo
A formação bruta de capital fixo (FBCF) retraiu 17,1% no trimestre. Pela segunda leitura consecutiva, todos os componentes apresentaram retração, com destaque para máquinas e equipamentos.
Monitor do PIB: exportação e importação
A exportação de bens e serviços apresentou queda de 1,3% no trimestre. Destaque para o avanço dos produtos agropecuários (33,8%) e o recuo de 47,8% da exportação de bens de capital.
A importação retraiu 5,2% no trimestre.
