“‘Só a independência financeira garante autonomia emocional para a mulher’: essa frase foi dita por uma juíza que atende casos de feminicídio. Muitos deles acontecem quando a mulher não tem domínio sobre a vida financeira ou dependem financeiramente de seus parceiros”. Assim a jornalista Fabiana Panachão abriu a conversa com Caroline Rosa, sócio-fundadora da Ella’s Investimentos, e com Maria Bertulina Teixeira, a Bertu, autora do livro “Despedida de Casada” e coaching financeiro.
A reflexão aconteceu no segundo dia da Money Week, semana de palestras e entrevistas organizada pela Transformação Digital e pela EuQueroInvestir!, que vai de 25 a 29 de novembro, e cujo conteúdo pode ser apreciado na íntegra e gratuitamente neste link.
Casamento é sociedade
Os casos de dependência financeira e receio de quebra de laços acontecem em qualquer classe social. A violência não escolhe cor, credo, situação econômica. Basta que duas pessoas se juntem numa união estável ou casamento.
Caroline é direta na definição: “o casamento nada mais é do que uma sociedade, então por que não todos (na relação) saberem o que está acontecendo (na vida financeira do casal)? A mulher precisa ter consciência de como o marido está cuidando (nas finanças) e não delegar para ele. A gente vive numa sociedade de mulheres contemporâneas, em que não há tempo para nada, ‘isso é muito difícil, não é para mim’. Então, por que a gente vem com essa ótica feminina? Porque o mercado sempre teve uma narrativa totalmente masculinizada, e a mulher tomou isso como verdade. Mas não é”.
A mulher não precisa saber tudo o que está acontecendo nas finanças da família, se não quiser — segue refletindo Caroline. Mas ela precisa ao menos “saber fazer as perguntas certas”. Para isso, segundo a sócia-fundadora da Ella’s Investimento, é preciso “buscar conhecimento”: “Para (a mulher) saber o mínimo… ela não precisa ser especialista em investimentos, só não pode se deixar enganar”.
Emponderamento e equilíbrio
Quando a mulher se apodera da informação, ela se empodera. Isso acaba se tornando algo natural na vida da pessoa. Bertu afirma: “A mulher precisa saber o básico, pelo menos”diz ela.”Para conseguir independência nesse quesito da relação. Porque mesmo que o homem ainda faça questão de tomar para si a gestão financeira do casal, é primordial que a mulher saiba ao menos o que ele está fazendo, para opinar, para que ambos tomem decisões juntos, ou mesmo para que ela não fique à deriva das decisões do companheiro. O equilíbrio entre o casal é muito importante.”
Muitas pessoas não conversam sobre o dinheiro, antes de se casar. Caroline acha que isso é um tabu: “A gente está acostumado a achar que dinheiro é ‘sujo’, que só se ganha dinheiro de forma corrupta. É uma crença de que o outro vai querer o meu dinheiro. Isso resvala no problema do interesse, se a outra pessoa está interessada em mim ou no que eu tenho”.
Ferramenta para a liberdade
“O dinheiro nada mais é do que uma ferramenta para a realização de sonhos”, diz Caroline. Mais do que isso, é uma liberdade que vai respaldar as escolhas da mulher, inclusive quando quiser deixar aquela relação.
“A mulher precisa saber hoje onde quer investir – no mercado e na vida”, completa Caroline.
LEIA MAIS:
Money Week: para Bona, educação financeira é uma questão comportamental
Money Week: Aline Cardoso e Guilherme Loureiro falam sobre oportunidades em renda variável
- Quer investir com mais assertividade? Então, clique aqui e fale com um assessor da EQI Investimentos!
- Aproveite e baixe nossos materiais gratuitos. Para participar do nosso canal do Telegram e ser informado com todas as novidades sobre educação financeira, economia e finanças, basta clicar aqui.






