A crise de saúde do coronavírus ao redor do mundo tem levado, dia após dia, a uma crise econômica global. As bolsas continuam a cair, mesmo após a divulgação de planos de ajuda econômica para tentar conter os impactos do Covid-19.
Na quarta-feira (18) as bolsas continuavam a cair na Europa, na Ásia, nos Estados Unidos e também aqui no Brasil. O dia de ontem fechou em queda nos seguintes grandes polos econômicos: Bovespa (-10,35%), Dow Jones em Nova York (-6,28%), Bolsa de Londres (-4,05%), Bolsa de Frankfurt (-5,56%), Bolsa de Paris (-5,94%), Bolsa de Tóquio (-1,68%), Bolsa de Seul (-4,86%), Bolsa de Seul (-4,86%) e Bolsa de Sydney (-6,43%).
De forma geral, as bolsas europeias voltaram a fechar no vermelho na quarta-feira, sem capacidade de manter a estabilidade apesar dos anúncios oficiais na luta contra a pandemia.
O Dow Jones Industrial Average, nos Estados Unidos, caiu 6,3%, fechando o dia em 19.898,92. Esta foi a primeira vez que o índice fechou abaixo dos 20.000 desde 2017. O índice ampliado S&P 500 caiu 5,2% e terminou em 2.398,10.
Em mais um circuit breaker (o sexto em oito sessões), a bolsa de valores de São Paulo chegou a despencar 10,35% na quarta-feira. O índice Ibovespa caiu a 66.894 pontos. Menor patamar de fechamento desde 3 de agosto de 2017 (66.777 pontos).
Além das bolsas, Petróleo também teve quedas
Além das bolsas, o petróleo também voltou a cair nesta quarta-feira. O mercado sofre por excesso de oferta e uma queda da demanda mundial pela crise do coronavírus.
Em Nova York, o barril de WTI para entrega em abril fechou a 20,37 dólares. A queda acentuada foi de 24,4%, o menor valor desde fevereiro de 2002.
Na quarta-feira, os preços do petróleo atingiram mínima em 17 anos, em torno de 26 dólares, com a pretensão da Arábia Saudita de ampliar as exportações da commodity para 10 milhões de barris por dia (bpd). Com a queda da demanda, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia não conseguiram chegar a um acordo sobre cortes de produção para equilibrar os preços.
Um grande número de bancos centrais baixou suas taxas de juros e grandes economias anunciaram pacotes de ajuda. Mas os especialistas duvidam da eficácia dessas medidas enquanto o vírus permanecer ativo.
Algumas ações para tentar conter a crise econômica do coronavírus
Ao redor do mundo várias ações econômicos têm sido anunciadas para tentar conter a crise do coronavírus e as quedas constantes nas bolsas.
Os Estados Unidos preparam um plano de apoio de quase um trilhão de dólares. O Federal Reserve dos EUA criou um mecanismo para permitir que famílias e empresas tenham acesso mais fácil ao crédito.
O Banco Central Europeu anunciou 100 bilhões de euros em liquidez para os bancos. Ajuda que se soma aos bilhões anunciados por vários países europeus, agora o epicentro da epidemia.
A União Europeia tomou a decisão, pela primeira vez na história, de fechar suas fronteiras, até 17 de abril. A presidente da Comissão Europeia reconheceu que os formuladores de políticas “subestimaram” o perigo da pandemia.
No Brasil, o governo federal anunciou a injeção de R$ 147,3 bilhões na economia com a adoção de várias medidas. O país aguarda agora a aprovação no Congresso do estado de calamidade pública para tirar do papel várias ações.