A indústria de games registra mais de 70 anos de história e vem apresentando um crescimento robusto ao longo desse tempo.
Então, se antes o segmento de jogos eletrônicos já era uma febre mundial, a chegada da Covid-19 acelerou ainda mais o mercado de games.
Em meio à pandemia e ao isolamento social trazido por ela, muita gente buscou nos games uma forma alternativa de entretenimento sem sair de casa.
Sobre o segmento de games
Atualmente o segmento de jogos eletrônicos é dividido por plataformas: mobile, PCs e consoles.
Conforme relatório da SuperData, dentre os três, o mobile foi o que apresentou a maior receita em 2019 – arrecadou US$ 64,4 bilhões. Na sequência, vieram os PCs, com US$ 29,6 bilhões, e, em terceiro lugar, os consoles, com uma arrecadação de US$ 15,4 bilhões.
Em 2019, a indústria de jogos eletrônicos gerou US$ 104,4 bilhões em faturamento, revelou a Statista, empresa especializada em dados de mercado.
Com a chegada da pandemia, as receitas aumentaram 23% no comparativo anual para US$ 128,3 bilhões em 2020.
Para 2021, a expectativa é de que esse número aumente para US$ 176 bilhões.
As estatísticas ainda mostram que as receitas foram puxadas por jogos online – tais como ‘Fortnite‘ e ‘Apex Legends‘ -, que cresceram 36% em dois anos, passando de US$ 16,8 bilhões em 2019 para US$ 22,9 bilhões em 2021.
Entre 2019 e 2020, o número de pessoas jogando regularmente subiu 5,4%, chegando à marca de 2,69 bilhões de usuários no planeta, segundo a consultoria internacional Newzoo.
Para 2021 a estimativa é de 2,9 bilhões de jogadores por todo o mundo.
Somente no Brasil espera-se que o mercado de games chegue a 94,7 milhões de jogadores em 2021 e que movimente US$ 2,3 bilhões em receita, 5,1% mais que em 2020.
Quanto movimenta o segmento por ano?
De acordo com as estatísticas da indústria de jogos, em 2021 a China ficou em primeiro lugar entre os maiores mercados de jogos do planeta. Até o final do ano, o país havia gerado uma receita de US$ 40,8 bilhões.
Os Estados Unidos seguiram em segundo lugar, com US$ 36,92 bilhões em receitas anuais.
Segundo o Goldman Sachs, em maio de 2020 o mercado de games cresceu 95% nos Estados Unidos, mais do que qualquer outro setor.
No Brasil, os jogos para celular, especialidade da Wildlife, dobraram na pandemia. De acordo com o Google, a receita paga aos desenvolvedores brasileiros no primeiro semestre de 2020 é duas vezes maior que a do mesmo período de 2019. Já o gasto dos brasileiros com aplicativos e jogos para celulares com sistema Android aumentou 50% no primeiro trimestre.
Diante de um cenário tão promissor, analistas preveem que a indústria de games ultrapasse o montante de US$ 260 bilhões em receita para 2026.
Conheça os profissionais que enriqueceram jogando
Viver de games é um sonho inatingível para a maioria. No entanto, um pequeno grupo de profissionais dos esportes eletrônicos conseguiu não apenas realizá-lo como também ficar muito rico com ele.
Segundo relatório da Forbes, lideram a lista dos mais ricos os seguintes:
- Ninja (Tyler Blevins)
Ninja foi o streamer que mais faturou no mundo em 2019 ao ultrapassar a marca de US$ 17 milhões. Em fevereiro de 2019, ele se tornou o streamer mais seguido na Twitch, sua antiga plataforma, com mais de 100 milhões de seguidores e uma média de mais de 60.000 espectadores por semana.
Ninja também foi considerado o melhor jogador de Fortnite do mundo entre 2017/2018. Atualmente realiza suas lives na Mixer, plataforma da Microsoft.
- PewDiePie (Felix Kjellberg)
O YouTuber Felix Kjellberg, mais conhecido como PewDiePie, possui um canal que foca em seus comentários e reações a games variados enquanto os joga.
Desde 15 de agosto de 2013, o canal de PewDiePie se tornou o maior do Youtube, de modo que atingiu 51 milhões de inscritos em dezembro de 2016, tornando-se o primeiro canal do mundo a receber a Placa de Rubi.
Seu mais recente recorde foi em 10 de janeiro de 2018 quando chegou aos 70 milhões de inscritos. Em 2019, o faturamento médio de PewDiePie foi de US$ 15 milhões.
- Preston (Preston Arsement)
Fenômeno de jogos no YouTube, Preston ficou conhecido por seus canais TBNRfrags, Preston, PrestonGamez e PrestonPlayz, onde ele posta vídeos dos jogos Fortnite, Minecraft e Among Us.
Seu canal Preston acumulou mais de 18 milhões de inscritos e ele também é acompanhado por mais de 10 milhões de pessoas no canal TBNRfrags.
Sua fortuna é de US$ 14 milhões, e seu lucro é obtido principalmente pelo seu canal.
Indústria de games: big techs de olho no mercado
A indústria de jogos é, sem dúvida, um dos setores mais importantes e inovadores da tecnologia atualmente.
Sua importância para a indústria do entretenimento não pode ser subestimada.
Neste cenário, o termo “indústria do entretenimento” não está mais reservado para Hollywood e para a indústria cinematográfica visto que os jogos eletrônicos têm fornecido entretenimento imersivo para mais de dois bilhões de pessoas em todo o mundo.
Nesse contexto, as maiores empresas de tecnologia do mundo procuram surfar essa onda.
Gigantes como Google e Apple fazem planos para entrar na indústria de videogames.
A Netflix lançou no início de novembro do ano passado seu serviço de jogos para dispositivos Android. A plataforma oferece alguns títulos para seus assinantes, que podem ser baixados sem custos. Os primeiros jogos disponíveis são Stranger Things: 1984, Stranger Things 3: The Game, Shooting Hoops, Card Blast e Teeter Up.
Já a Meta, anteriormente Facebook, apresentou recentemente o conceito do Metaverso, que remete a uma realidade paralela que ocorre em um mundo virtual.
Nele, é possível ter um avatar e efetuar diversas atividades, um espaço virtual no qual os participantes têm a oportunidade de compartilhar experiências diferentes. Nesse contexto, os jogos eletrônicos são um grande expoente desse formato de diversão. Em 2020, os jogos Roblox e Fortnite tiveram muito destaque por experiências de criação de mundo virtual.