As emissões de mercado de capitais registraram em julho uma captação de R$ 34 bilhões, desempenho 40,1% superior ao mês anterior, conforme dados da Anbima.
O resultado foi o segundo maior volume mensal de 2020, superando abril e com menor participação de títulos de curto prazo.
No entanto, no acumulado deste ano, não superou o volume do mesmo intervalo de 2019, R$ 185,5 bilhões contra R$ 233,8 bilhões no período, registrando queda de 20,7%.
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As ofertas que estão em andamento e em análise registram volumes esperados de R$ 11,3 bilhões e R$ 4,2 bilhões até o momento, respectivamente, e o último desconsidera o volume das ofertas de ações.
Debêntures
As emissões de debêntures registraram queda de 40,8% nas emissões em relação ao mês anterior, e continuam sendo o instrumento de maior participação no volume emitido este ano, com parcela de 29,5%.
As debêntures com remuneração DI+ spread continuam predominantes (73,3% em 2020 contra 46,9% do mesmo período de 2019).
A redução mais expressiva foi dos papéis com rentabilidade atrelada ao DI, que neste mesmo período caiu de 37,8% para 1,3%.
Enquanto, os títulos IPCA, pela primeira vez após a pandemia, também apresentaram elevação, de 15,1% para 15,8%.
Entre os subscritores nas ofertas públicas de debêntures, vem sendo mantida a grande participação dos intermediários e participantes ligados à oferta, que continuam com 85,2%, seguidos dos fundos de investimentos, com 9,8% do total colocado.
A destinação dos recursos vem sendo predominantemente voltado para o capital de giro (34,1%) e pelo refinanciamento de passivo das empresas (32,7%, considerando também a recompra ou o resgate de debêntures de emissão anterior).
Renda variável
No mercado de renda variável, o grande destaque foi a realização de 7 ofertas de ações em julho, o maior número em um mês dessas operações em 2020, que correspondeu a um volume de R$ 13,9 bilhões.
A operação de maior peso foi a das Lojas Americanas (LAME4), no valor de R$ 7,9 bilhões.
Em 2020, as ofertas subsequentes de ações lideraram o segmento com o montante de R$ 45,4 bilhões. A cifra representa uma parcela de 24,5% do volume emitido em 2020.
Os fundos de investimentos imobiliários captaram R$ 4,5 bilhões em julho. Isso confirma a boa performance dos FIIs neste ano, mesmo após o início da pandemia.
No ano, os FIIs captaram R$ 23,1 bilhões, um aumento de 48,7% na comparação com igual período de 2019.
No mercado externo, ocorreram sete negócios em julho, todos de renda fixa, no valor de US$ 3,7 bilhões (48,2% acima do mesmo período de 2019).
Em 2020, foram registradas 20 operações no exterior contra 21 ocorridas no mesmo período no ano passado.
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