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Melhora no mercado de crédito , diz BC

Melhora no mercado de crédito , diz BC

Nesta terça, o BC disse que a aceleração do mercado de crédito e de capitais pode elevar a inflação. Isso deve acontecer por causa da redução do Estado na concessão de empréstimos e aumento da eficácia da política monetária.

A informação foi divulgada na ata do Copom, com destaque para uma redução mais rápida da ociosidade na economia.

No entanto, a dinâmica dos núcleos de inflação sinaliza que a ociosidade dos fatores de produção ainda é elevada. Além disso, o BC não descarta novo corte na Selic, mas dependerá dos dados futuros.

Na ata, alguns membros do Copom apontaram ainda que “há evidência do começo de um processo gradual de desintermediação financeira”.

A novidade veio após a comunicação do BC já ter incluído na semana passada que o atual grau de estímulo monetário, com a Selic em mínimas nunca antes testadas, atua com defasagens sobre a economia, o que acontece “em um contexto de transformações na intermediação financeira”.

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Na última reunião do Copom, decidiram cortar a taxa básica de juros em 0,5 ponto pela quarta vez consecutiva. Atingindo à nova mínima histórica de 4,50% ao ano. O BC indicou cautela em relação aos juros daqui para frente em meio a uma retomada econômica com mais ímpeto.

Ademais, a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) acontece em 4 e 5 de fevereiro.

“O comitê avaliou que o atual cenário econômico ainda prescreve política monetária estimulativa, mas manteve o tom de cautela ao não se comprometer com um novo corte na próxima reunião”, disse o Bradesco em comunicado.

“Avaliamos que o Copom efetuará um corte adicional na próxima reunião se o cenário base de dissipação do choque e de retomada gradual da economia se confirmarem no início do próximo ano”, completou

Carnes, pressionaram a inflação para cima em 2019

Por enquanto, o BC já indicou que vê uma retomada econômica mais forte em curso, com a economia ganhando tração. A elevação dos preços da carne é outro fator que atua na direção de pressionar o IPCA para cima. Mas, vale a ressalva que o maior impacto será para esse ano.

“As projeções de curto prazo (para a inflação) foram particularmente afetadas pelos efeitos do choque de preço de proteínas, que ocorreu de forma mais intensa e prematura do que esperada anteriormente”, disse o BC, afirmando que o efeito direto deste movimento será mais concentrado no último bimestre deste ano, afetando portanto as contas para 2019.

As projeções da autoridade monetária pelo cenário de mercado são de um IPCA em 4,0% para 2019, 3,5% em 2020 e 3,4% em 2021, em todos os casos abaixo das metas de inflação, que são de 4,25%, 4,0% e 3,75%, respectivamente, sempre com margem de 1,5 ponto para mais ou para menos.

No cenário híbrido, as estimativas do BC são de um IPCA de 4,0% para 2019 e de 3,7% para 2020 e 2021. O cálculo encosta na meta, portanto, para 2021. Na ata, o BC avaliou que este cenário — que considera Selic extraída da pesquisa Focus e taxa de câmbio constante em 4,20 reais — “produz inflação ligeiramente abaixo da meta para 2020 e ao redor da meta para 2021”.

De acordo com a pesquisa Focus haverá novo corte na Selic em fevereiro, mas desta vez de 0,25 ponto. Pela mediana das projeções, a taxa Selic deve terminar o próximo ano em 4,5%.