Para quem investe tendo como estratégia a compra de ações de empresas que pagam dividendos ou juros sobre capital próprio (JCP ou JSCP), é fundamental ter conhecimento de quais são as melhores pagadoras de proventos.
A Economática fez esse levantamento e revelou quais são as empresas que mais pagaram dividendos, juros sobre capital próprio ou as duas modalidades juntas nos últimos cinco anos.
- Qual a diferença entre dividendos e JCP?
Para chegar no ranking, a consultoria calculou o dividend yield de cada uma das empresas de 2016 até 27 de julho de 2020. O dividend yiel é um indicador que mostra o quanto do valor pago em dividendos ou juros sobre capital próprio corresponde ao preço da ação.
Quanto maior o dividend yield de uma empresa, mais atraente ela se torna frente às outras companhias.
Para o cálculo, é preciso dividir o valor dos dividendos pagos em determinado período pelo preço individual da ação. Feito isto, é preciso multiplicar o resultado por 100 para saber a porcentagem.
A Economática considerou apenas ações de empresas que tenham distribuído dividendo ou JCP s aos seus acionistas em pelo menos um período.
Na amostra, foram consideradas ações que tiveram a melhor mediana de dividend yield dos últimos cinco anos.
Participaram da amostra somente ações com volume financeiro médio diário negociado na bolsa superior a R$ 500 mil/dia em 12 meses até o dia 27 de julho.
As maiores pagadoras de dividendos e JCP’s
No topo da lista, vem a companhia de gás Comgas (CGAS5), com um dividend yield médio de 17,41% em cinco anos.
Em segundo, está a companhia de saneamento do Paraná, a Sanepar PN (SAPR4), que entregou 9,07% na média.
Em resumo, sete ações são do setor de bancos, três de energia elétrica e duas seguradoras.
A vigésima da lista é a Telefônica Brasil ON (VIVT3), que tem 6,05% de mediana e 7,20% de média nos cinco anos da amostra.

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As maiores pagadoras de dividendos
A Comgas (CGAS5) ocupa, novamente, o topo da lista, sendo a que melhor remunera seu acionista com dividendos. Na média, 12,2% em cinco anos.
A Enauta (ENAT3), ex-Queiroz Galvão Exploração e Produção, é a segunda ação com melhor desempenho, com 8,8% na mediana ou 9,74% na média.
A Itausa PN (ITSA4) é a vigésima melhor, com 3,86% na mediana ou 3,61% na média.
Os setores de bancos e de incorporadoras, com quatro ações cada, lideram a lista das 20 melhores. O setor de energia elétrica se destaca com duas ações.

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As maiores pagadores de JCP’s
A fabricante de ferro-ligas Ferbasa (FESA4) tem o melhor dividend yield entre os pagadores de juros sobre capital próprio, com mediana de 8,90% ou 8,61% na média.
A Sanepar é a segunda, com 8,16% na mediana e 8,52% na média.
Entre as 20 ações, há 11 bancos. Já os setores de energia elétrica e água e esgoto têm duas ações cada.

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Por que as empresas dividem o lucro?
As empresas são obrigadas a dividir seus lucros com os acionistas. Isto acontece porque é o que determina a Lei de Sociedades por Ações (6.4040/76). Ela estabelece que toda empresa de capital aberto deve distribuir aos seus acionistas no mínimo 25% de seu lucro líquido por meio de dividendos ou juros sobre capital próprio.
Na prática, isso quer dizer que, ao comprar uma ação, o investidor está se tornando proprietário de uma parte da empresa. Como tal, tem direito a participar dos lucros.
Então, paralelamente à valorização da ação, o investidor também recebe esse percentual. Ele é depositado em conta e pode ser utilizado para comprar mais ações. Também ser usado como complementação à renda.
Os pagamentos podem acontecer de maneira mensal, trimestral, semestral ou anual, dependendo do que estabelece o estatuto da empresa.
Os dividendos são o pagamento dessa parte do lucro e são livres de impostos. Já os juros sobre capital próprio são um tipo de dividendo sobre o qual incide imposto. O acionista é tributado em 15% sobre o valor dos JCP’s no imposto de renda.
Investir com foco na divisão de lucros é vantajoso?
Sim. Para quem está na fase de acumulação, a estratégia confere a possibilidade de recomprar cada vez mais ações.
Para quem já tem o patrimônio formado, dividendos e JCP viabilizam uma renda recorrente que ajuda a pagar as contas.
Além disso, tendo como foco os proventos, a carteira tende a ser mais segura. E ter menos volatilidade aos humores do mercado.
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