Descubra as 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Notícias
Maia descarta volta da CPMF: “Não há espaço para debater o imposto”

Maia descarta volta da CPMF: “Não há espaço para debater o imposto”

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que “nossa carga tributária é alta demais, e a sociedade não admite novos impostos.”

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira (16), em post no Twitter, que descarta a volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

“Não há espaço para debater uma nova CPMF. Nossa carga tributária é alta demais, e a sociedade não admite novos impostos”, escreveu Maia.

O imposto foi cogitado pelo ministro da Economia Paulo Guedes em meio ao debate sobre a reforma tributária.

“A gente precisa aprovar um sistema mais simples, transparente e cobrar do Estado a prestação de serviços de melhor qualidade”, acrescentou.

Imposto digital

Guedes disse que planeja a criação de um “imposto digital” de 0,2%. A taxa incidiria sobre pagamentos do comércio eletrônico e plataformas de streaming.

O novo imposto seria criado para viabilizar o corte de imposto sobre salários, em um cenário pós-pandemia.

Questionado sobre um imposto sobre transações financeiras, Guedes disse, em evento esta noite, não poder afirmar se esse é um projeto do governo.

“Existe uma coisa chamada economia e existe uma coisa chamada politica. Portanto, um imposto sobre transações financeiras vai depender também dos congressistas”, disse.

Guedes explicou que, por mais que o ministério da Economia possa ser favorável, trata-se de uma iniciativa que terá de ser aprovada no Legislativo.

Maia, no entanto, não concorda com o ministro e diz que, no debate na Câmara dos Deputados sobre a reforma tributária, o imposto não será aprovado.

Unificação

“A Câmara retomou hoje a discussão da reforma tributária na comissão especial. Vamos elaborar uma proposta que simplifique o sistema tributário”, afirmou, também no Twitter.

“O sistema tributário precisa unificar tributos sobre o consumo. Queremos aprovar uma reforma em parceria com o Senado e com a participação do governo federal”, completou.

Retomada do crescimento

O presidente da Câmara reforçou à Agência Câmara que a aprovação da reforma tributária é o caminho mais importante para a retomada do crescimento econômico brasileiro, como

Durante reunião da comissão especial que discute o tema, ele defendeu a união de esforços entre governo, Câmara e Senado para aprovar o texto.

Ressaltou que só a reforma tem condições de gerar um aumento da atividade econômica de forma sustentável.

Maia ressaltou a importância de se melhorar o ambiente de negócios no Brasil.

“Não queremos aprovar uma reforma da Câmara, queremos aprovar a reforma do Congresso junto com o governo federal, espero que o presidente Bolsonaro encaminhe a proposta do governo”, comentou.

Pressão

“Tomara que o Senado venha conosco. A sociedade espera do governo e do Parlamento soluções para ter as condições para o Brasil voltar a crescer e gerar emprego formal”, acrescentou.

O presidente da Câmara lembrou que muitos governos tentaram aprovar uma idade mínima em diversas reformas da Previdência, mas foi apenas esta legislatura que conseguiu.

Ele destacou que almeja que o mesmo aconteça em relação à reforma tributária.

Aprovação

Rodrigo Maia disse ainda que a aprovação de reformas importantes do passado, como a trabalhista e previdenciária, não geraram o crescimento econômico esperado.

Ele afirmou estar convencido de que o sistema tributário brasileiro emperra esse crescimento.

“Um estudo aponta que o PIB potencial do Brasil nos próximos 12, 14 anos é de um crescimento de 20%. A reforma tributária, por si só, tem a condição de nos gerar um crescimento”, defendeu.

Reforma administrativa

Maia também voltou a salientar a necessidade de se aprovar uma reforma administrativa que melhore a qualidade do gasto público.

Destacou que é vital valorizar a produtividade do serviço público.

Lembrou que, a partir de janeiro do próximo ano, ao fim da Emenda do Orçamento de Guerra, o Brasil vai precisar enfrentar sua própria realidade.

Citou como exemplos o limite do teto de gastos, o aumento da dívida e os gastos públicos obrigatórios.

“Não é redução de salário, não é corte de benefícios, mas, sim, uma grande reforma administrativa que trate da qualidade do gasto público”, declarou Maia.