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Líderes da Rússia, França e Alemanha realizam em encontro no início de março sobre a Síria

Líderes da Rússia, França e Alemanha realizam em encontro no início de março sobre a Síria

Em coletiva com jornalistas, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, confirmou que irá realizar uma reunião com líderes dos governos russo, francês e alemão, com o objetivo de analisar a situação em que se encontra a província de Idlib, considerada a última cidade rebelde que sobreviveu à guerra no noroeste da Síria. As informações são do portal EuroNews.

”Vamos nos encontrar no dia 05 de março”, confirmou Erdogan em um discurso televisionado após uma ligação na última sexta-feira (21) com o presidente russo Vladimir Putin, o presidente francês Emmanuel Mácron e a chanceler alemã Angela Merkel. Porém, o local em que será realizado a reunião ainda não está decidido.

Sobre a proposta, Mácron foi bem enfático ao dar sua opinião: “Precisamos ter uma reunião o mais rápido possível com a Alemanha, Rússia e Turquia, no mesmo molde da que ocorreu em Istambul, a fim de evitar um desastre humanitário ainda pior no noroeste do pais”.

Início da crise na Síria

Os comentários feito pelo líder francês na sexta-feira (21) soaram como um alerta da ONU para os combates em Idlib, a última fortaleza rebelde no país destruído pela guerra e que poderia “terminar em um banho de sangue”.

Isso porque, não é de hoje que a crise no noroeste da Síria vem afetando terrivelmente os civis, onde centenas de pessoas já foram mortas e crianças estão morrendo de frio.

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Antônio Guterres, secretário-geral da ONU, também falou a respeito da crise em seu Twitter: “Esse pesadelo humanitário criado pelo homem para o povo sofredor da Síria deve parar”.

Macron foi ainda mais duro e confessou a repórteres: “As forças sírias apoiadas pela Rússia continuam avançando na região de Idlib, no noroeste da Síria, apesar dos pedidos para interromper essa ofensiva, correndo-se o risco de um desastre humanitário, uma escalada ainda maior do conflito, culminando em uma crise migratória”.

A Turquia anunciou na quinta-feira (20) que dois de seus soldados foram mortos no noroeste da Síria por um ataque aéreo atribuído ao regime sírio.

Sobre isso, Mácron acrescentou: “Fomos muito claros com o presidente Erdogan e o presidente Putin sobre suas responsabilidades diante dessa situação”.

Consequências da guerra

”A crise que está se desenvolvendo no noroeste da Síria e o terrível número de mortos, vem ameaçando acabar com as linhas de vida humanitárias ainda existentes no país”, afirmou Antônio Guterres, secretário-geral da ONU.

Segundo Guterres, como consequência da guerra, aproximadamente 2,8 milhões de pessoas no noroeste da Síria precisam de ajuda humanitária, o que inclui 900.000 indivíduos, em sua grande maioria mulheres e crianças que fugiram da mais recente ofensiva síria.

De acordo com ele, por quase um ano as ofensivas terrestres sírias apoiadas por ataques aéreos russos têm como alvo uma zona de desaceleração em Idlib, no qual este mês as forças turcas e sírias entraram em confronto por diversas vezes.

”Tudo isso significa que, além de uma situação humanitária dramática, corremos o risco de um confronto cada vez mais sério, com consequências cada vez mais imprevisíveis”, finaliza.