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Klabin (KLBN11) compra negócio de embalagens da IP por R$ 330 mi

Klabin (KLBN11) compra negócio de embalagens da IP por R$ 330 mi

A Klabin anunciou neste domingo (29) a aquisição do negócio de papéis para embalagens e papelão ondulado estabelecidos no Brasil da International Paper (IP) por R$ 330 milhões.

Deste valor, R$ 280 milhões serão pagos agora e o restante em um ano. A empresa usará recursos próprios para a transação.

Capacidade

A capacidade de produção da IP em embalagens de papelão ondulado é de 305 mil toneladas anuais.

A empresa possui 6,6% de participação de mercado no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO) em 2018, sendo a terceira maior do país.

A Klabin é líder de mercado no segmento.

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Unidades

A operação inclui as unidades de papéis para embalagens (fibra virgem e reciclados) com capacidade total de 310 mil toneladas anuais.

No total, serão 4 unidades de papelão ondulado e 3 de papéis para embalagens.

Sinergias

A companhia projeta um ganho de R$ 105 milhões em sinergia, sendo 48% em ganhos de eficiência em SG&A (despesas administrativas, de vendas e gerais), 30% com ganhos de eficiência e logísticos das unidades de papel; e 22% de redução do custo fixo em papelão ondulado.

De acordo com comunicado da companhia, o valor da aquisição representa um múltiplo estimado de 4x EV/Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) após captura integral de sinergias, o que deve acontecer a partir de janeiro de 2022.

Com a aquisição da International Paper, a Klabin reforça a liderança e passa a ter presença na região Centro-Oeste, onde ainda não estava.

A transação ainda passará pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Recomendação

A XP elevou as recomendações para a ação da companhia de neutro para compra, com redução do preço-alvo, que era de R$ 20,5 anteriormente, para R$ 18,50 agora. Atualmente o papel está R$ 14,98, o que significa que a XP vê um potencial de valorização de 23%.

A corretora espera “vendas saudáveis de celulose e papel”, apesar das incertezas acerca das consequências da pandemia do Covid-19. E a valorização do dólar compensa parcialmente o maior risco.

Fonte: XP Investimentos

Projeto Puma II

Em seu relatório, a XP afirma que a alavancagem da Klabin continua sendo um risco a ser monitorado, com a execução do Projeto Puma II, em Ortigueira, no Paraná.

O projeto prevê a expansão de capacidade no segmento de papéis para embalagem, cujo investimento foi estimado em 9,1 bilhões e deve ser concluído em 2023.

Mesmo com a paralisação temporária das atividades em razão do coronavírus, a corretora diz não ver grande risco de execução do projeto e estima a relação dívida/ebitda de 3,4x e 3,0x em 2023 e 2024, respectivamente.

“Somos positivos no longo prazo com relação ao aumento da demanda estrutural por papel/embalagem versus a disponibilidade de floresta. Portanto, vemos os preços resilientes de papel/embalagem no futuro”, diz o relatório.

Fonte: XP Investimentos

Celulose

A XP acredita em uma recuperação gradual dos preços da celulose ao longo do ano, motivada pela normalização dos estoques, a recuperação gradual das margens dos fabricantes e pela pequena entrada de nova capacidade de celulose no mercado.

A avaliação é de que essas cotações estão no fundo do poço e tendem a se recuperar. Os preços das ações das empresas do setor refletem os valores da celulose de fibra curta na China, que está em US$ 470 por tonelada a um câmbio de R$ 4,70 o dólar ao final de 2020, perto da estimativa da XP de US$ 500 a tonelada em média em 2020.